O duplo homicídio ocorrido em 12 de maio de 2025, na Avenida Olavo Lacerda Montenegro, em Parnamirim, teve novos desdobramentos. Jordan Matheus Leite de Castro e Mariana Emilly Dantas de Souza, sua companheira, foram surpreendidos por disparos enquanto estavam dentro do carro. Jordan morreu no local, e Mariana não resistiu aos ferimentos, falecendo no dia seguinte. A suspeita de ser a mentora intelectual do crime, foi conduzida nesta quarta (17) para a DHPP.
De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo Via Certa, Leandro Vitor Botelho Costa de Araújo é apontado como executor dos disparos, enquanto a ex-companheira de Jordan é investigada como possível mentora intelectual do crime.
Documentos judiciais e investigações preliminares indicam que Jordan e a suspeita tiveram um relacionamento iniciado na adolescência, marcado por conflitos recorrentes. O casal teve uma filha, atualmente com quatro anos, e passou por separações e reconciliações entre 2021 e 2022.
Segundo os registros, em 2022 a suspeita teria tentado encomendar a morte de Jordan por meio de contatos ligados a uma facção criminosa, mas o crime não se concretizou graças a um alerta à vítima. Após a separação definitiva, a suspeita e Leandro teriam adotado condutas de assédio e intimidação, enviando mensagens ofensivas e ameaçadoras a Jordan e Mariana, inclusive envolvendo a filha do casal, por meio de perfis falsos em redes sociais.
Dinâmica do crime
Na noite de 12 de maio, a suspeita e Leandro saíram do local de trabalho juntos em um veículo Uno branco, utilizado posteriormente para executar o homicídio. Testemunhas e imagens de câmeras de segurança indicam que a suspeita forneceu apoio logístico a Leandro, incluindo transporte e ocultação antes do ataque.
por volta das 18h57 Jordan e Mariana foram surpreendidos dentro do carro na avenida Olavo Montenegro e não tiveram possibilidade de defesa. Jordan morreu no local, enquanto Mariana não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia seguinte.
Após a execução, Leandro e a suspeita teriam adotado rotas alternativas para dificultar a identificação. Leandro foi preso alguns dias depois, enquanto a suspeita permaneceu em local incerto, deixando a filha aos cuidados de familiares próximos.
As investigações indicam que a suspeita teria tentado intimidar testemunhas e familiares das vítimas por meio de mensagens, caracterizando possível tentativa de obstrução da justiça.
Investigação e diligências recomendadas
A polícia aponta indícios de premeditação e motivação vingativa. Entre as diligências recomendadas estão a quebra de sigilo telefônico, análise de geolocalização, perícia aprimorada em imagens de câmeras de segurança e análise dos celulares apreendidos, visando identificar comunicações pré e pós-crime.
O crime foi articulado e premeditado, segundo investigações iniciais. A suspeita é apontada como possível mentora intelectual, enquanto Leandro atuou como executor material. Ambos podem ser responsabilizados criminalmente por homicídio qualificado e concurso de pessoas, conforme o Código Penal.
Prisão de Leandro
Leandro foi preso em 22 de maio pela Polícia Civil, por policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Parnamirim, no bairro Neópolis, Zona Sul de Natal, em cumprimento a mandado de prisão temporária. Leandro segue preso.
Leandro Vitor Botelho - Apontado como executor |
As vítimas:
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Mariana Emilly - A vítima |
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Jordan Matheus Leite de Castro - Vítima |
Prints obtidos com EXCLUSIVIDADE:
Ana Bezerra/ Redação
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CRIME