O erro não será corrigido somente nas etiquetas, com os números do consumo afixados na carroceria dos carros, mas, também, financeiramente, com a indenização para cerca de 200 mil proprietários dos veículos afetados que variam de 125 até 1.050 dólares.
Os consumidores receberão essa informação por carta. Todavia, a questão foi levantada pelo acúmulo de reclamações de proprietários que alegavam não conseguir alcançar as metas de economia de combustível divulgadas pela Ford, no mundo real. Trata-se da segunda vez, em um ano, que a empresa corrige esses dados.
Os modelos afetados são o compacto Fiesta; o híbrido e plug-in versões híbridas do Fusion; o híbrido e plug-in versões híbridas do hatchback C-Max e o Lincoln MKZ hibrido, produzidos entre 2013 e 2014.
Para uma empresa que fez da economia de combustível uma bandeira de marketing, o problema é muito sério. “Como se sabe, a economia de combustível é muito importante para os clientes da Ford e para todos nós da empresa” disse Raj Nair, vice-presidente do grupo para o desenvolvimento global de produtos, em entrevista a jornalistas que incluiu um pedido de desculpas aos clientes da marca.
Para a EPA, os consumidores precisam confiar nos índices de consumo de combustível divulgados pelas fábricas de automóveis.
A agência abriu uma investigação sobre as exageradas estimativas da Ford que, no caso do Lincoln MKZ híbrido, por exemplo, reduziu a estimativa de 19,13 km/l para 15,7 km/l em relação ao consumo de combustível em rodovia e de 19,13 km/l para 16,15 km/l em trânsito urbano.
Outros veículos afetados foram o Fiesta 1.6, com redução de 16,6 km/l para 15,7 km/l em rodovia e de 12,3 km/l para 11,4 km/l em trânsito urbano. O C-Max, em rodovia, teve queda da previsão de consumo de gasolina de 16,6 para 15,7 km/l e na cidade de 12,3 para 11,4 km/l. O Fusion híbrido, de 20 para 17,4 km/l em rodovia e de 20 para 18,7 km/l na cidade.
Tags
NOTÍCIAS