Texto, que também beneficia mototaxistas e profissionais de motofrete, vai à sanção
O texto aprovado, um substitutivo a projeto do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), acrescenta "atividades de trabalhador em motocicleta" ao artigo 193 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que trata das atividades que, por sua periculosidade, asseguram ao empregado um adicional sobre o salário.
Autor do projeto, Crivella lamentou as estatísticas.
— Hoje no Brasil, a cada 20 minutos morre um motoboy, um mototáxi, um carteiro. É como se, ao final do mês, caísse um Boeing 777 no Brasil.
— O impacto financeiro é negativo porque o grande gasto hoje é com a saúde por conta dos acidentes.
Estudo recente divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) estima em R$ 40 bilhões o custo anual dos acidentes do trânsito no Brasil. Segundo o senador, boa parte dessa despesa decorre de acidentes com motociclistas.
Crivella afirmou ainda que a matéria não deve ser vetada pela presidente Dilma Rousseff. Ele disse que o Ministério do Trabalho e Emprego e a Presidência da República se posicionaram favoravelmente ao texto.
Relator da matéria em plenário, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) destacou a “contemporaneidade” da proposta.
— A profissão de motoboy tornou-se atividade de risco em todas as cidades brasileiras, principalmente as grandes cidades. Daí a importância e a grandeza deste projeto.
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