Passamos uma noite no Aeroporto Internacional Aluízio Alves em São Gonçalo do Amarante para mostrar como funcionam os veículos de emergência.
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Fotos: Wendell Jefferson/Via Certa Natal |
Quando uma aeronave se envolve em um acidente, a probabilidade de ocorrer um incêndio fica aumentada, pois a quantidade de combustível presente no local normalmente é grande, além da presença de inúmeros lubrificantes e fluidos hidráulicos, bem como dos próprios materiais combustíveis utilizados na construção da aeronave.
Por essa razão, os veículos utilizados nas operações de resgate e combate a incêndios em aeronaves devem estar em condições de intervir rápida e eficientemente nessas ocorrências e serem dotados de todos os equipamentos necessários a essas operações.
Veículos de Salvamento e Combate a Incêndios
Um incêndio em aeronave é um grande desafio para o pessoal envolvido nas operações de salvamento de vítimas e combate às chamas, pois o incêndio em um avião produz altas temperaturas em um curto espaço de tempo, além de envolver extensas áreas, devido à presença de uma grande quantidade de combustível derramado.
Os veículos utilizados nas operações de salvamento e combate a incêndios em aeronaves e aeroportos devem ter como uma de suas principais características poder descarregar adequadas quantidades de agente extintor em um curto período de tempo.
Portanto, os aeródromos deverão ser dotados de carros contra-incêndio especialmente projetados que atendam ao nível de proteção requerido para a categoria do aeródromo.
Pelas normas do Comando da Aeronáutica, os carros contra-incêndio são classificados em dois tipos: Agentes Combinados (AC) e Ataque Principal (AP).
Os carros contra-incêndio (CCI) do tipo Agentes Combinados são aqueles cuja quantidade de agentes extintores estejam enquadrados conforme a Tabela 1.
DESIGNAÇÃO ÁGUA (Litros) EFE (Litros) PÓ BC (kg)
Os carros contra-incêndio (CCI) do tipo Ataque Principal são aqueles cuja quantidade de agentes extintores esteja enquadrada conforme a Tabela 2, abaixo.
O número mínimo de carros contra-incêndio necessários para prover um aeródromo e aplicar com eficácia os agentes extintores nas quantidades especificadas para cada categoria de aeródromo deve estar de acordo com a Tabela 3.
CATEGORIA DO AERÓDROMO NÚMERO MÍNIMO DE CCI
Os Carros Contra Incêndio são capazes de aplicar os agentes extintores por diversos meios, dentre os quais ressaltamos aqueles mais usuais: canhões de espuma, existentes na sua parte superior; mangueiras de incêndio e mangotinhos e ainda por esguichos especiais localizados na parte inferior da superestrutura.

Ford F 4000 4X4
O aeroporto Internacional Aluízio Alvez conta ainda com a frota de veículos utilizados em serviços de emergência e salvamento em sua rede. São novos caminhões, modelo Ford F 4000 4X4, que transportam equipamentos como macas, cobertores, bolsas de soro, entre outros. Os veículos proporcionarão mais agilidade e eficiência no atendimento de acidentes aeronáuticos .
Os veículos foram desenvolvidos pela Superintendência de Segurança Aeroportuária da Infraero (DOSA) especialmente para o atendimento a essas ocorrências, os caminhões buscam dar suporte às atividades desenvolvidas pelo Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio previstas na Resolução nº 115 da Anac.
Este equipamento vem somar à aérea de emergência aeronáutica da Gerência de Operações e Segurança do aeroporto, que passa a contar com uma nova ferramenta de grande importância no salvamento de vitimas.
IVECO MAGIROS

O modelo é o Super Impact 6x6, nova geração do modelo Impact, já existente no portfólio Magirus, baseado sobre a mesma plataforma do Iveco Tector (que na Europa é chamado de Eurocargo). Por meio de um contrato de R$ 140 milhões.
O modelo é do tipo caminhão-bomba, com chassi e cabine adaptados para operações em aeroportos. Com capacidade para 11 mil litros de água, 22% a mais que seu antecessor, o veículo leva até três operadores na cabine, um a mais do que a versão anterior.
Fotos: Wendell Jefferson/Via Certa Natal |


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