Óculos que corrigem o daltonismo também melhoram a visão de contraste que é alterada em quem usa óculos de grau
O especialista afirma que entre daltônicos acontece uma anomalia genética nos cones, células da retina responsáveis pela visão de cores. São 3 classes de cones que absorvem cumprimentos diferentes de luz: vermelho, azul e verde. Estudos mostram que 75% dos daltônicos têm deuteranopia, ou seja, não enxergam a cor verde; 24% têm protanopia ou dificuldade com o vermelho e 1% têm tritanopia ou deficiência visual para a cor azul e o amarelo.
Queiroz Neto diz que os óculos para daltonismo corrigem a dificuldade para enxergar verde e vermelho. A correção se dá através de um filtro na lente que separa as cores e permite a captação correta pelos olhos.
Daltonismo pode passar despercebido
O oftalmologista afirma que muitos daltônicos não sabem que têm a alteração. Isso acontece como se trata de uma alteração genética a maioria já nasce com o problema e acaba se adaptando à visualização limitada de cores. A recomendação é encaminhar a criança ao oftalmologista para passar pelo teste de Ishihara quando os pais, ou um deles é daltônico. O problema atinge 8% da população na proporção de 7% dos homens para 1% das mulheres. Segundo Queiroz Neto. embora incomum, pode ocorrer na idade adulta como efeito colateral de medicamentos para hipertensão arterial e problemas psicológicos ou pela exposição a produtos químicos como fertilizantes.
Como a maioria dos daltônicos já conhecem a posição das luzes do semáforos, dificilmente são barrados no exame de CNH (Certeira Nacional de habilitação) embora a nossa legislação exija o reconhecimento de cores para conduzir veículos. "Corrigir o problema melhora a dirigibilidade e pode ter influência positiva na psique", conclui.
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