Por Julio Benck
Nada pior, após a compra de um carro, do que se deparar com uma rotina de gastos para a qual não estávamos preparados. Motoristas de primeira viagem, e até alguns mais experientes, podem esquecer de colocar na ponta do lápis os muitos custos que a propriedade de um veículo gera.
Pensando em evitar decepções futuras com gastos (que não deveriam ser) inesperados, destacamos para você, que está se organizando para comprar um carro, 5 itens que farão parte da sua rotina após se tornar o feliz proprietário de um veículo. Confira quais são:
PNEUS
Você quer escolher um carro, tem família grande e está na dúvida entre um sedã ou um SUV, certo? Pois bem, se é esse seu caso, importa muito saber que o preço dos pneus para utilitários esportivos podem sair até 60% mais caros, se comparados com os de um sedã, comparativo pode ser feito para quaisquer categorias, como por exemplo, hatch compactos x sedãs médios.
Não custa lembrar que existem procedimentos que garantem maior vida útil aos pneus como o revezamento a cada 5mil km, a calibragem semanal com a pressão certa (indicada pelo fabricante ou no manual do proprietário) e o cultivo aos bons hábitos de direção.
Cada fabricante indica um prazo para a troca dos pneus, mas em geral eles devem ser substituídos ao mesmo tempo entre 35 mil e 45 mil km rodados.
REVISÕES
Um equívoco cometido por quem compra carro inadvertidamente é ignorar o custo das revisões. Não se engane, por melhor que seja o carro, nele está embutido um custo líquido e certo com revisões até os 60 mil km.
O Honda Civic, por exemplo, até os 60 mil km, tem custo estimado com revisões de R$ 4,3 mil, enquanto o concorrente Toyota Corolla, para a mesma quilometragem, exige R$ 3,1 mil, ou seja, mais de R$ 1.000,00 a menos que o modelo da Honda.
Faça os cálculos, e esteja preparado para esse gasto que com certeza você terá ao longo do tempo com seu futuro veículo.
SEGURO
Como regra geral, costuma-se estipular o custo do seguro em 4% do valor de mercado de um carro. Isso significa que, se você adquire hoje um Volkswagen Gol 2017, que custa R$ 34.890 em sua versão de entrada, deverá reservar, pelo menos, R$ 1.395,60 para o seguro.
Este valor poderá ser maior ou menor, dependendo do seu perfil de motorista, cidade onde mora e os indicadores da criminalidade de sua região.
DEPRECIAÇÃO
Outro custo inexorável com o qual todo proprietário de carro precisa se preparar para arcar é com a desvalorização, ou depreciação. Trata-se da perda de valor que todo veículo sofre dentro de um ano, e que tem como principal referência o Selo Maior Valor de Revenda, criado e divulgado anualmente pela Agência Autoinforme.
Quem comprar um Honda HR-V, por exemplo, sabe que daqui a um ano o valor pago em sua versão de entrada, hoje em R$ 79.900, será apenas 4,5% menor. Em compensação, quem adquirir um Citroen C4 deverá se preparar para perder após um ano 22,1% do valor total do veículo, que hoje custa, em sua versão de entrada, R$ 55.908.
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REPARABILIDADE
Digamos que você pensou em tudo antes de comprar um carro, mas ignorou o quanto deverá gastar com reparos, caso o veículo sofra alguma colisão. Esse custo, embora não seja totalmente certo, precisa ser calculado antes da sua compra.
A principal referência, nesse quesito, é o Índice de Reparabilidade do Cesvi, que mede uma série de custos envolvidos no reparo de carros batidos. Nele, a nota 10 representa o custo mais baixo, maior facilidade para encontrar peças e mão de obra menos cara, enquanto 60 é a pior nota.
Nesse quesito, o Volkswagen Up!, que recebeu nota 10 na última avaliação, é o destaque positivo, enquanto o Fiat Palio, com nota 50, tem um dos custos de reparabilidade mais altos do mercado.