Os alvos principais da operação são dois ex-diretores da Americanas, que não foram presos pois estão no exterior e são considerados foragidos internacionais. A investigação teve início após a própria Americanas divulgar um fato relevante sobre as fraudes, o que também levou à formação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional.
Durante a operação, 80 policiais federais foram mobilizados para cumprir 15 mandados de busca e apreensão nas residências dos ex-diretores e de outros 14 investigados no Rio de Janeiro. Além disso, a 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro determinou o sequestro de bens e valores pertencentes aos ex-diretores, totalizando mais de R$ 500 milhões.
As fraudes contábeis investigadas envolvem principalmente operações de risco sacado, que permitiam à varejista antecipar pagamentos a fornecedores através de empréstimos bancários. Também foram identificadas fraudes em contratos de verba de propaganda cooperada (VPC), que neste caso envolviam VPCs fictícias. Além disso, a investigação revelou indícios de manipulação de mercado, uso de informação privilegiada (insider trading), associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A atual diretoria da Americanas tem colaborado com as investigações, fornecendo informações e apoio técnico para ajudar na elucidação do crime.