A Rússia está prestes a aprovar um projeto de lei que proíbe e multa em até cinco milhões de rublos (cerca de R$ 291 mil) quem apoiar publicamente a decisão de não ter filhos. A proposta, que visa combater o chamado "movimento childfree", prevê multas de até 400 mil rublos (R$ 23 mil) para pessoas físicas e 800 mil rublos (R$ 46 mil) para funcionários públicos. Estrangeiros que defenderem essa posição poderão ser deportados.
As únicas exceções permitidas são motivos religiosos, médicos ou em casos de estupro. O presidente da Duma, Vyacheslav Volodin, afirmou que a lei busca coibir a “propaganda da recusa consciente de ter filhos” em redes sociais e outros meios de comunicação, que, segundo ele, desrespeitam a maternidade e a paternidade.
O governo russo, liderado por Vladimir Putin, justifica a medida como uma forma de enfrentar a baixa taxa de natalidade e promover famílias numerosas, ressaltando a necessidade de reverter a tendência de envelhecimento populacional. A proposta também é vista como parte da retórica conservadora do Kremlin, aumentando a repressão a movimentos feministas e à defesa dos direitos reprodutivos.
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