A prefeitura do Natal publicou um esclarecimento sobre o surgimento de rodolitos na Praia de Ponta Negra. As obras de engorda da Praia de Ponta Negra, em Natal, além de ampliarem a faixa de areia e protegerem o Morro do Careca, revelaram estruturas curiosas conhecidas como rodolitos. Essas formações esbranquiçadas, compostas por algas calcárias, levantaram questionamentos sobre sua origem e impacto ambiental.
Os rodolitos são fragmentos que se formam no fundo do oceano a partir de algas que endurecem devido à precipitação de carbonato de cálcio após perderem vitalidade. Apesar de sua aparência, não são organismos vivos. Segundo a engenheira ambiental e oceanógrafa Dayane Dall’Ago, da empresa Caruso, responsável pelo monitoramento ambiental, sua presença na faixa de areia pode ser atribuída à dragagem realizada para extração de sedimentos marinhos usados na obra.
Durante a dragagem, esses fragmentos podem ser coletados junto ao material arenoso e, posteriormente, transportados para a praia. As ondas e correntes redistribuem os rodolitos, que acabam retornando ao ambiente marinho com o tempo, à medida que o mar promove a lavagem natural dos sedimentos.
A Prefeitura de Natal assegura que o monitoramento ambiental, conduzido pela Fundação Norte-Riograndense de Pesquisa e Cultura (Funpec) e pela Caruso Jr Estudos Ambientais, está sendo realizado em todas as etapas da obra, garantindo segurança ambiental e social.
Com previsão de conclusão para janeiro de 2025, a engorda da praia é considerada o maior investimento em infraestrutura costeira do Rio Grande do Norte, sendo essencial para a preservação do turismo e do ecossistema local.
Tags
Engorda