Você já parou para pensar que aquele remédio "inofensivo" para dormir ou aliviar alergias pode ter efeitos a longo prazo no seu cérebro? Estudos recentes mostram que o uso prolongado de alguns medicamentos, como benzodiazepínicos e anti-histamínicos, pode aumentar o risco de demência.
Benzodiazepínicos, utilizados para tratar ansiedade e insônia, estão entre os mais preocupantes. Pesquisas indicam que apenas três meses de uso contínuo podem elevar o risco de Alzheimer em até 32%, devido ao efeito sedativo que reduz a atividade do sistema nervoso central. Já os anti-histamínicos, usados no tratamento de alergias, quando consumidos por mais de três anos, foram relacionados ao aumento significativo de casos de demência, conforme estudos publicados desde 2015 e divulgados no Journal of Allergy and Clinical Immunology.
Opioides, frequentemente prescritos como analgésicos após cirurgias, também estão na lista de preocupação. Essas substâncias induzem sedação, diminuindo a atividade cerebral de forma semelhante aos benzodiazepínicos. Pacientes com dor crônica tratados com opioides têm até 15% mais chances de desenvolver declínio cognitivo.
Embora algumas medicações, como antidepressivos e remédios para azia, tenham sido associadas ao problema no passado, estudos mais recentes não confirmaram a relação direta. Ainda assim, especialistas reforçam a necessidade de cuidado no uso prolongado de qualquer substância que interfira no sistema nervoso central.
O alerta é um chamado para que as pessoas busquem orientação médica, evitando a automedicação e promovendo um acompanhamento cuidadoso, especialmente em grupos de risco para demência.
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