O Rio Grande do Norte registrou alta na taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2025, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (16) pelo IBGE. O estado passou de 8,5% para 9,8%, na comparação com o último trimestre de 2024.
O crescimento coloca o RN entre as 12 unidades da federação que tiveram aumento na taxa de desemprego no período. A média nacional ficou em 7%, a menor já registrada para um primeiro trimestre desde o início da série histórica em 2012.
Além do Rio Grande do Norte, outros estados do Nordeste também apresentaram elevação no índice, como Piauí, que teve a maior alta do país (de 7,5% para 10,2%), Pernambuco (de 10,2% para 11,6%) — mantendo a posição de maior taxa nacional —, Ceará (de 6,5% para 8%) e Maranhão (de 6,9% para 8,1%).
A pesquisa mostra que o desemprego afeta mais os jovens, especialmente os com idade entre 14 e 17 anos (26,4%) e 18 a 24 anos (14,9%). A taxa diminui conforme a idade aumenta: 6,5% entre os de 25 a 39 anos, 4,7% de 40 a 59 anos e 3,1% para os com 60 anos ou mais.
A desigualdade de gênero também é evidente: mulheres enfrentam uma taxa de desocupação de 8,7%, enquanto homens têm índice de 5,7%. No recorte racial, os pretos (8,4%) e pardos (8%) apresentam taxas superiores à dos brancos (5,6%).
A escolaridade também impacta os níveis de ocupação. A taxa mais alta foi entre pessoas com ensino médio incompleto (11,4%), enquanto as mais baixas foram registradas entre indivíduos com ensino superior completo (3,9%) e sem instrução (5,6%).
No primeiro trimestre de 2025, o rendimento médio real mensal da população ocupada no Rio Grande do Norte manteve-se estável, seguindo a tendência da maioria dos estados. Apenas Rio de Janeiro, Santa Catarina e Pernambuco apresentaram aumento no rendimento na comparação com o trimestre anterior.
Mesmo com a alta recente, o Rio Grande do Norte segue com taxa inferior à de estados vizinhos como Pernambuco (11,6%) e Piauí (10,2%), mas acima da média nacional (7%) e de estados do Sul e Centro-Oeste, que apresentaram os menores índices de desocupação.
Taxa de desocupação no Brasil:
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