Estudo da Fiocruz aponta falha em sistema do corpo como fator de agravamento da Covid-19



Um estudo realizado a partir de amostras de sangue de pacientes hospitalizados com Covid-19 identificou que a desregulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) — responsável por controlar a pressão arterial, a inflamação e a função vascular — pode está relacionada à gravidade da doença e à persistência dos sintomas. A pesquisa foi conduzida pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e publicada na revista BMC Infectious Diseases.

As análises mostraram que pacientes com quadros mais graves apresentavam redução na expressão de receptores do SRAA, como ACE2 e MAS1, especialmente idosos e pessoas com comorbidades, como diabetes e hipertensão. A alteração desses receptores prejudica a capacidade do corpo de controlar processos inflamatórios, o que pode agravar os sintomas tanto na fase aguda quanto meses após a infecção.

A pesquisa também observou mudanças em microRNAs — moléculas que regulam a expressão de genes —, reforçando o impacto da Covid-19 nos mecanismos de defesa do organismo. Os resultados apontam ainda que a desregulação do sistema SRAA pode se estender por até 300 dias, o que ajuda a explicar os casos de Covid longa.

Segundo as autoras, os achados podem orientar o desenvolvimento de novas terapias, mais específicas e direcionadas, com foco na regulação desses receptores e na recuperação do equilíbrio inflamatório do corpo.

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