Projetos de lei querem restringir benefícios a bonecos reborn; multas podem chegar a R$ 30 mil



Os famosos bebês reborn — bonecos hiper-realistas que imitam recém-nascidos — estão no centro de uma nova polêmica. A Câmara dos Deputados registrou nessa quinta(16) três projetos de lei, apresentados por parlamentares de diferentes estados, querem proibir o uso desses bonecos para obter benefícios destinados a crianças de verdade, como atendimento preferencial em hospitais ou filas.

As propostas surgem em meio ao aumento da visibilidade desses bonecos nas redes sociais, onde vídeos simulando situações reais — como atendimento médico ou uso de filas preferenciais — viralizaram. Em alguns casos, usuários relatam levar os bonecos a hospitais e até obter atendimento preferencial, o que gerou forte reação pública.

Um dos projetos, do deputado Zacharias Calil (União Brasil-GO), propõe multa de até R$ 30 mil para quem simular presença de bebê de colo para acessar benefícios públicos. Outro, de Paulo Bilynskyj (PL-SP), quer proibir que profissionais de saúde — públicos ou privados — prestem qualquer tipo de atendimento a bonecos reborn. Já a deputada Rosangela Moro (União Brasil-SP) propõe o acolhimento psicológico de pessoas que criam vínculos afetivos intensos com os bonecos, tratando o caso como potencial sofrimento psíquico.

Embora usados também com fins terapêuticos, os reborn se tornaram objeto de polêmica ao serem empregados como se fossem bebês reais. Para os parlamentares, isso pode configurar desvio de finalidade no uso dos recursos públicos, especialmente do SUS.

Os bonecos, que colecionam milhões de visualizações nas redes, vêm ganhando espaço nas rotinas de seus donos — com direito a nome, mamadeira, certidão e até “consulta médica”. E é justamente aí que o assunto vira caso de saúde pública, pelo menos para os legisladores.

Fora das redes e do debate político, o crescimento repentino da popularidade dos bebês reborn movimenta um mercado lucrativo. Artesãs e empreendedoras do setor faturam valores expressivos, com bonecas vendidas entre R$ 2 mil e mais de R$ 10 mil.

 


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