A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) obteve um avanço significativo na área de nanotecnologia com o desenvolvimento de um novo método para a síntese de nanopartículas magnéticas de cobalto e níquel. A invenção, que tem potencial de aplicação no tratamento de câncer e na vetorização de fármacos, foi patenteada sob o nome "Síntese de nanopartículas monodispersas metálicas de níquel e cobalto embebidas em uma matriz de gelatina". O trabalho foi realizado pelos pesquisadores Marco Antonio Morales Torres, Thiago Tibúrcio Vicente e John Carlos Mantilla Ochoa, do Departamento de Física da UFRN.
As nanopartículas foram sintetizadas utilizando o método sol-gel, no qual uma amostra é transformada de sol para gel, promovendo uma interação ideal entre os metais e a gelatina. A gelatina, com seus grupos amino e carboxílico, favorece a solubilidade e interação com os cátions metálicos, essencial para a criação de partículas funcionais. Essas nanopartículas, com diâmetros de seis a sete nanômetros, têm grande potencial para serem manipuladas por campos magnéticos e aplicadas em terapias como a magnetohipertermia, que utiliza calor gerado por campos magnéticos para tratar tumores.
A tecnologia foi depositada como patente em 2019, e além de suas aplicações biomédicas, as nanopartículas também podem ser usadas em áreas como armazenamento de informações, catálise e até mesmo em células solares. O professor Marco Morales, coordenador do projeto, destaca que este avanço representa um passo importante no campo da nanotecnologia e biomedicina, com o método podendo ser amplamente aplicado em diversas indústrias.
A UFRN, por meio da Agência de Inovação da Reitoria (Agir), tem oferecido suporte aos pesquisadores durante o processo de patentamento e transferência de tecnologia, facilitando a comercialização das inovações científicas. O método desenvolvido atende aos critérios de novidade, atividade inventiva e aplicabilidade industrial, garantindo o reconhecimento da invenção no cenário científico e industrial.
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