Andar de bicicleta regularmente pode contribuir significativamente para a preservação da saúde cerebral e para a redução do risco de demência, conforme aponta um estudo publicado no dia 9 de junho na revista científica JAMA Network Open.
A pesquisa, conduzida por universidades da China e da Austrália, acompanhou mais de 479 mil britânicos por 13 anos e identificou uma associação entre o uso frequente da bicicleta como meio de transporte e menores taxas de demência, incluindo Alzheimer e outras formas da doença.
Os participantes foram divididos por tipo de deslocamento, ativo ou passivo. Os que usavam a bicicleta com frequência apresentaram resultados melhores: redução de 19% no risco de qualquer tipo de demência, 22% no risco de Alzheimer e 40% na demência precoce.
Além da proteção cognitiva, o estudo identificou que ciclistas apresentavam maior volume no hipocampo, área cerebral ligada à memória. Para os pesquisadores, a prática combina estímulo físico, atenção constante e navegação espacial, fatores que beneficiam a saúde do cérebro.
Apesar dos dados promissores, os autores alertam que os resultados indicam associação, não causalidade direta, e que outros fatores, como dieta e estilo de vida, podem influenciar. Ainda assim, o estudo reforça o potencial do ciclismo como forma acessível de cuidado preventivo com a mente.
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