Ex-aluno mata 10 em escola na Áustria


Um tiroteio em uma escola secundária em Graz, no sul da Áustria, deixou ao menos 10 mortos e 12 feridos nesta terça-feira (10), naquele que já é considerado o mais grave ataque do tipo na história recente do país. O autor dos disparos, um ex-aluno austríaco de 21 anos, também foi encontrado morto no local, após se matar.

Segundo o ministro do Interior, Gerhard Karner, entre as vítimas fatais estavam seis mulheres e três homens. A agência austríaca APA informou posteriormente que uma décima vítima faleceu no hospital em decorrência dos ferimentos, a informação, no entanto, ainda não foi oficialmente confirmada pelas autoridades.

De acordo com a polícia local, o atirador entrou sozinho na escola com duas armas, uma pistola e uma espingarda, e abriu fogo em ao menos duas salas de aula, sendo uma delas aquela onde ele havia estudado anteriormente. A motivação do ataque ainda é desconhecida, embora a imprensa local tenha levantado a hipótese de que o jovem tenha sido vítima de bullying, informação que não foi confirmada oficialmente.

Durante buscas em sua residência, a polícia encontrou um bilhete de despedida. O conteúdo não foi divulgado.

Mais de 300 policiais foram mobilizados após os primeiros disparos, por volta das 10h (horário local). Equipes de emergência chegaram em poucos minutos e o prédio foi isolado. Estudantes e funcionários foram evacuados e parentes das vítimas receberam atendimento psicológico.

O ataque comoveu o país. O chanceler austríaco, Christian Stocker, classificou o dia como uma "tragédia nacional" e decretou três dias de luto, com um minuto de silêncio marcado para as 10h da quarta-feira. “Não há palavras para descrever a dor e o sofrimento que todos nós, toda a Áustria, estamos sentindo agora”, declarou.

A tragédia também teve repercussão internacional. O chanceler alemão Friedrich Merz manifestou solidariedade ao povo austríaco, destacando a brutalidade do ataque e o sofrimento das famílias atingidas.

A especialista em extremismo Julia Ebner, do Institute for Strategic Dialogue, lembrou que tiroteios em escolas são eventos raros na Áustria, país que, apesar de ter uma das maiores taxas de armas de fogo per capita da Europa (cerca de 30 para cada 100 habitantes), mantém registros baixos de violência armada em instituições de ensino.

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