O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (5) que a Polícia Federal forneça aos réus da ação penal relacionada à tentativa de golpe de Estado acesso completo ao material bruto apreendido nos celulares do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, e de sua esposa, Gabriela Cid. A decisão estabelece o prazo de 24 horas para o cumprimento.
Além disso, Moraes solicitou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) informe se houve alguma movimentação no procedimento administrativo que acompanha as negociações da delação premiada de Mauro Cid após 22 de setembro de 2023. Caso existam atualizações ou documentos adicionais, eles devem ser anexados imediatamente aos autos do STF.
Os pedidos foram apresentados pela defesa do general da reserva Walter Braga Netto, ex-candidato à vice-presidência, no âmbito da Ação Penal (AP) 2668. Os advogados também requereram a suspensão do processo para garantir tempo suficiente para análise do conteúdo, mas o ministro negou a suspensão, argumentando que o material do disco rígido não faz parte da denúncia da PGR contra Braga Netto.
O general é um dos 34 acusados pela PGR por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
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