O desaparecimento de Ricadson William Farias, de 16 anos, completa oito dias nesta quarta-feira (23) e segue cercado de dúvidas, sem nenhuma pista concreta sobre o paradeiro do adolescente. Ele foi visto pela última vez na tarde da última terça-feira (15), quando saiu de casa, no bairro Pajuçara, Zona Norte de Natal, afirmando que iria até a residência da namorada, no município de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal.
Desde então, familiares estão mobilizados nas buscas, realizando apelos públicos e protestos. A Polícia Civil investiga o caso por meio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Linha do tempo do caso
15 de julho – Terça-feira (Dia do desaparecimento)Ricadson saiu de casa no início da tarde dizendo à mãe que iria ver a namorada. Ele não retornou e não deu mais notícias. Segundo a mãe, o jovem era estudioso, ajudava em casa e “não tinha envolvimento com nada de errado”. Horas depois, a família tentou contato pelo celular, mas o aparelho já estava desligado.
16 a 20 de julho – Buscas e apelos nas redes sociais
Sem nenhuma pista, a família passou a divulgar imagens do adolescente nas redes sociais e a colar cartazes em bairros vizinhos. Amigos e parentes também utilizaram grupos de WhatsApp em busca de qualquer informação. Algumas mensagens, supostamente gravadas por Ricadson, circularam, indicando que ele teria sido capturado por uma facção criminosa, mas o conteúdo não foi confirmado oficialmente.
21 de julho – Protesto e entrevista da mãe
No sétimo dia do desaparecimento, familiares e vizinhos realizaram um protesto na zona Norte de Natal. A mãe de Ricadson deu entrevista emocionada à nossa equipe, afirmando que ainda tem esperança de encontrar o filho vivo, mas que o tempo aumenta a aflição. Ela revelou suspeitas contra o pai da namorada do filho, dizendo que ele era contra o relacionamento dos dois. “Só quero uma pista. Meu filho não estava envolvido com nada”, declarou.
21 de julho – Pai da suposta namorada fala pela 1ª vez
O homem apontado por familiares como possível envolvido no desaparecimento falou com exclusividade ao Via Certa Natal. Em entrevista, ele negou qualquer participação no caso. Disse que não sabia que a filha, de 13 anos, tinha qualquer envolvimento com Ricadson e que só descobriu os encontros após o desaparecimento.
O homem ainda afirmou que levou a filha para outro estado “por segurança”, mas que já compareceu à DHPP três vezes, voluntariamente, e entregou provas que, segundo ele, podem ajudar na investigação. “Estão tentando destruir a minha família. Quero minha vida de volta. Entreguei vídeos à polícia”, afirmou. Ele ainda destacou que Ricadson teria usado o celular da filha e criado contas falsas em redes sociais.
22 de julho – Polícia Civil divulga nota
A Polícia Civil confirmou que instaurou inquérito para apurar o desaparecimento do adolescente e que diligências estão sendo feitas. Segundo a corporação, testemunhas foram ouvidas e novas frentes de investigação estão sendo avaliadas. A instituição reforçou o canal Disque Denúncia 181 para informações anônimas.
23 de julho – Oito dias sem respostas
Nesta quarta-feira, o desaparecimento completa oito dias. Não há confirmação sobre a localização do adolescente, nem suspeitos presos. A DHPP segue investigando o caso sob sigilo. A família, que continua fazendo apelos nas redes sociais, diz que não recebeu nenhuma informação nova.
O que diz a família
A mãe de Ricadson afirma que o filho era um jovem calmo, carinhoso, estudioso e que ajudava a cuidar dos irmãos menores. “Ele era meu braço direito. Não tinha envolvimento com nada. Se alguém viu algo, por favor, fale”, disse ela durante protesto. Ela também expressou indignação com a lentidão da investigação e cobrou imagens de câmeras de segurança da região do Pajuçara.
O que diz a polícia
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) é quem conduz as investigações. A polícia confirmou que o caso é tratado como desaparecimento e que trabalha para esclarecer os fatos. A corporação reforça que qualquer informação sobre o paradeiro de Ricadson pode ser repassada anonimamente pelo 181. O sigilo é garantido.
*Reportagem em atualização*
Redação/ Ana Bezerra