Mortes por hepatites caem até 60% no Brasil em 10 anos, mas casos de hepatite A sobem 93% no RN em 2024




O Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, divulgado nesta quarta (8) pelo Ministério da Saúde, apresenta um panorama dos avanços no enfrentamento das hepatites virais no Brasil. Entre 2014 e 2024, o país registrou redução de 50% na mortalidade por hepatite B (de 0,2 para 0,1 óbito por 100 mil habitantes) e de 60% na mortalidade por hepatite C (de 1,0 para 0,4 óbitos por 100 mil habitantes). Esses dados indicam progresso significativo, alinhado às metas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que visam reduzir até 2030, em 65%, os óbitos por hepatites virais e em 90% a incidência dessas doenças.

De acordo com os dados, Natal registrou uma taxa de novos casos de hepatite A superior à média do estado, repetindo um cenário observado em outras 19 capitais do país. O boletim destaca que, nas capitais, de forma geral, a concentração populacional, o fluxo de turistas e a desigualdade no saneamento básico contribuem para a maior circulação do vírus.

Já no boletim epidemiológico da Sesap, o RN apresentou um aumento de 93,4% nos casos notificados de hepatite A em 2024, totalizando 29 registros, frente a 15 ocorrências em 2023. A 7ª Região de Saúde, que inclui a Região Metropolitana de Natal, concentrou 79,3% dos casos. O início de 2025 registrou queda nas notificações, com dois casos entre janeiro e abril, contra 20 no mesmo período do ano anterior.

A maioria dos casos afetou crianças entre 5 e 12 anos, representando aproximadamente 20% das notificações em 2024. Entre os municípios com maior incidência destacam-se Lajes Pintadas e Luís Gomes, localizados nas 5ª e 6ª regiões de saúde, respectivamente. No total, 11 dos 167 municípios potiguares notificaram casos no ano passado.

A principal forma provável de transmissão foi o consumo de água ou alimentos contaminados (43,3%), embora quase metade dos casos não tenha tido a fonte de infecção identificada, o que compromete ações eficazes de prevenção. A Secretaria Estadual de Saúde reforça a importância da vacinação oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças de 15 meses a 4 anos, além da necessidade de investimentos contínuos em saneamento básico.

Em 2024, em quase todos os estados do Brasil, as capitais tiveram mais casos (proporcionalmente) de hepatite A do que o restante do estado., destacando-se entre estas Curitiba, Campo Grande, Florianópolis, Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Salvador e Natal.

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