A Polícia Federal concluiu nesta segunda-feira (21) que o conteúdo do pendrive apreendido na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não possui relevância para as investigações em andamento sobre supostos crimes contra o Estado democrático de direito. O dispositivo foi encontrado no banheiro da casa de Bolsonaro em Brasília durante uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (18).
De acordo com informações da CNN, os arquivos presentes no dispositivo de armazenamento digital não apresentam conexão com as suspeitas de obstrução de Justiça ou com ações que poderiam configurar tentativa de golpe de Estado. O material analisado não contém informações úteis às linhas investigativas em curso.
O dispositivo teria sido localizado após uma busca minuciosa no imóvel, inclusive em áreas não convencionais, como o banheiro principal da residência.
Questionado por jornalistas na sexta (18) sobre o objeto, Bolsonaro afirmou que desconhecia a origem do item e que não possui computador em casa para utilizá-lo.
Durante a mesma operação, agentes também apreenderam valores em espécie, aproximadamente US$ 14 mil e R$ 8 mil, além de documentos impressos, entre eles uma cópia de uma ação judicial da plataforma Rumble contra o ministro Alexandre de Moraes.
A investigação faz parte de uma série de apurações conduzidas pela PF, que envolvem acusações de tentativa de deslegitimação das eleições de 2022, uso irregular de dados sigilosos, e formação de uma suposta organização para atacar instituições da República.
Com a irrelevância do conteúdo do pendrive confirmada, o foco das investigações agora se volta à análise do telefone celular de Bolsonaro, também apreendido durante a ação. Peritos tentam identificar se há comunicações, arquivos ou aplicativos que possam corroborar os indícios de articulações golpistas ou de interferência em órgãos de controle.
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