A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), se reuniu na manhã desta sexta-feira (1º) com representantes do setor produtivo para discutir os impactos do aumento tarifário imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. O chamado "tarifaço" pode afetar diretamente as exportações potiguares e causar prejuízos à economia local, segundo o governo do estado.
O encontro ocorreu às 11h, na Governadoria, em Natal, com a presença de secretários da área econômica e de representantes de entidades empresariais, como a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern). Após a reunião, a governadora concedeu entrevista coletiva ao lado do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Cadu Xavier.
Durante a coletiva, Fátima classificou a medida como "unilateral e deplorável". “É um ataque brutal à soberania do nosso país, com sérios danos à nossa economia, às empresas e aos empregos. Portanto, merece todo o nosso repúdio”, declarou.
A governadora anunciou que determinou à Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN) e à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) a elaboração de medidas de apoio às empresas potiguares afetadas pelo aumento das tarifas. Entre as ações previstas está a liberação de créditos acumulados de ICMS para empresas exportadoras. A liberação, segundo o governo, será ampliada a partir de agosto, com o dobro do valor que vinha sendo repassado mensalmente.
“Essa liberação significa recursos injetados diretamente na veia das empresas exportadoras. Nem todas as indústrias estão incluídas no Proedi (Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial) ou têm direito ao crédito presumido. Por isso, essa medida é fundamental para manter a competitividade e preservar empregos”, afirmou Fátima.
O secretário Cadu Xavier reforçou que a equipe econômica está em diálogo com os empresários para avaliar novas alternativas de mitigação. “Estamos atuando de forma técnica e ágil para garantir que o setor produtivo não sofra ainda mais com essa medida externa que afeta diretamente a nossa pauta de exportações”, disse.
O presidente da Fiern, que também participou da coletiva, destacou a importância da resposta rápida do governo estadual e a necessidade de união entre poder público e setor privado diante do cenário internacional desfavorável.
Redação/ Ana Bezerra