Ex-alunos ficam sem certificados e denunciam negligência de escola particular em João Câmara no RN


Alunos da turma do ano de 2022 dizem que a escola não enviou o documento para as faculdades como prometido

Ex-alunos de uma escola particular em João Câmara, no RN, afirmam que não receberam os certificados de conclusão do ensino médio, mesmo após se formarem em 2022. Segundo os estudantes, a direção da instituição havia garantido que enviaria os documentos diretamente às faculdades, mas isso não aconteceu.

Eu e minha turma nos formamos em 2022. Quando nos formamos, não recebemos o certificado escolar. A diretora nos disse que não precisávamos nos preocupar, que ela mesma enviaria os certificados para as instituições de ensino superior”, relatou uma ex- aluna.

O problema só surgiu quando as universidades começaram a cobrar os documentos. Ao procurar a Secretaria Estadual de Educação, os alunos foram informados de que a escola estava sem autorização de funcionamento atualizada, o que impede a validação dos certificados.

A estudante contou que buscou a solução pessoalmente, mas não obteve sucesso. “Fui à escola várias vezes, mas a diretora nunca estava. Quando finalmente a encontrei, ela disse que a escola enfrentava problemas e não poderia regularizar os certificados."

Como alternativa, a direção sugeriu que os alunos realizassem uma banca avaliadora para validar os estudos, mas a proposta foi recebida com indignação. “Pagamos mensalidade, material, farda, estudamos todos esses anos e agora teríamos que fazer uma banca. É como se não tivéssemos feito o ensino médio”, afirmou.

O atraso na entrega dos certificados tem prejudicado a vida acadêmica de diversos alunos. Alguns conseguiram aprovação em cursos de medicina, em universidades federais, concursos, mas não puderam assumir as vagas. Outros estão prestes a concluir a faculdade, mas ainda não têm o documento que permite colar grau.

Segundo os ex-alunos, o problema é antigo. Uma professora que trabalhou na escola por cerca de nove anos chegou a ser aprovada em um concurso, mas não pôde assumir o cargo porque não constava em seus registros que havia lecionado.

Diante da situação, os estudantes planejam entrar com uma ação judicial coletiva contra a escola, cobrando que a instituição assuma a responsabilidade pelos prejuízos.

A direção da escola foi procurada, mas não se manifestou até o fechamento desta matéria.

Nota de repúdio dos alunos


Em nota pública, os ex-alunos da turma de 2022 manifestaram indignação com a situação. Segundo eles, a escola descumpriu a promessa de regularizar os certificados e agora exige a realização de uma banca avaliadora, colocando em risco anos de estudo e investimentos das famílias.

“Esse descaso nos trouxe prejuízos acadêmicos, financeiros e emocionais incalculáveis. Confiamos em uma instituição que tinha como dever garantir a legalidade da nossa formação, mas fomos enganados e deixados à própria sorte”, afirmam.

Os estudantes reforçam que exigem providências imediatas para a regularização dos documentos e a responsabilização da escola, destacando que não se trata apenas de um certificado, mas do futuro de dezenas de jovens.

A nota é assinada por alunos e familiares da turma de conclusão do Ensino Médio de 2022.

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