O sedentarismo já é responsável por cerca de 5 milhões de mortes anuais no mundo e pode se tornar a próxima grande epidemia global, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, 1,8 bilhão de pessoas não atingem o mínimo recomendado de atividade física, número que deve crescer até 2030, elevando os casos de doenças cardíacas, derrames e alguns tipos de câncer.
A falta de exercício físico está diretamente ligada ao aumento de problemas como obesidade, diabetes e cânceres de mama e de cólon. Estudos internacionais estimam que quase 500 milhões de pessoas podem desenvolver condições graves relacionadas à inatividade até o final da década.
No Brasil, o cenário é ainda mais preocupante. O país é o mais sedentário da América Latina e ocupa o quinto lugar no ranking mundial. Cerca de 300 mil brasileiros morrem todos os anos devido a doenças ligadas à inatividade. Dados do IBGE mostram que 47% dos adultos brasileiros são sedentários, índice que chega a 84% entre os jovens.
Entre os fatores que contribuem para esse quadro estão o uso excessivo de telas, como celulares, computadores e tablets — e a rotina de trabalho cada vez mais ligada ao ambiente digital. Esse comportamento aumenta o tempo sentado, prejudica o sono, eleva a pressão arterial e favorece o ganho de peso, especialmente quando combinado com hábitos alimentares inadequados.
A OMS recomenda pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade intensa por semana. Para especialistas, no entanto, pequenas mudanças no dia a dia já podem trazer benefícios significativos.
Segundo especialistas, não é preciso ser atleta para proteger o coração. Subir escadas, caminhar, pedalar, nadar, dançar e reduzir o tempo sentado ajudam a diminuir o risco de doenças cardiovasculares e ainda promovem a saúde mental.
A falta de atividade física é um fator de risco significativo para a mortalidade precoce. Estudos indicam que a prática regular de exercícios pode reduzir em até 30% o risco de morte prematura e melhorar a saúde mental, combatendo sintomas de depressão e ansiedade.
A OMS enfatiza a necessidade de políticas públicas que promovam a atividade física, como a criação de ambientes urbanos que incentivem o caminhar e o uso de bicicletas, além de campanhas de conscientização
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