A Ala Leste da Casa Branca está passando por uma reforma que prevê a construção de um novo salão de baile, projeto idealizado pelo ex-presidente Donald Trump. Partes da entrada coberta e janelas da ala foram demolidas nesta semana, marcando o início das obras.
O novo espaço será construído ao lado da estrutura principal, mas sem alterá-la, segundo Trump. Ele afirmou que a ampliação respeita a arquitetura original da Casa Branca e será financiada com recursos privados. A lista dos doadores não foi divulgada.
O projeto, estimado em cerca de 250 milhões de dólares (cerca de R$ 1,4 bilhão), prevê um salão com capacidade para entre 600 e 900 convidados. Imagens divulgadas mostram um interior com assentos dourados e grandes lustres. A construção está sob responsabilidade da empresa Clark Construction, com projeto assinado pelo escritório McCrery Architects.
Segundo a Casa Branca, o Serviço Secreto está envolvido na adequação da segurança do novo espaço. O National Park Service, responsável pela preservação do edifício, informou que o projeto não passou pelo processo de revisão pública normalmente exigido para alterações desse porte.
A intervenção gerou críticas de historiadores e organizações de arquitetura. A Society of Architectural Historians afirmou que a obra representa a maior mudança visual na Casa Branca desde 1942 e deveria ter seguido um processo mais rigoroso de aprovação. O American Institute of Architects também manifestou preocupação com a falta de transparência.
A Casa Branca tem servido como residência oficial dos presidentes dos Estados Unidos há mais de dois séculos. A Ala Leste, onde ocorrem as obras, foi construída em 1902 e passou por sua última grande reforma durante a Segunda Guerra Mundial.
Embora mudanças no edifício presidencial sejam comuns — como a criação da Sala de Imprensa durante o governo Nixon ou a construção da piscina externa no governo Ford — especialistas apontam que alterações na aparência externa do prédio são raras e costumam ser precedidas de ampla avaliação técnica.
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