O presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, foi solto na manhã desta terça-feira (4), após pagar fiança.
Ele havia sido preso durante a madrugada por determinação do presidente da CPMI que investiga fraudes no INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), sob a acusação de ter mentido em depoimento à comissão.
Viana afirmou que a decisão foi motivada por indícios de falso testemunho e que a CPMI “entra agora no tempo da verdade, em nome dos aposentados, das viúvas, dos órfãos e da esperança que ainda vive no coração do Brasil”. A prisão de Abraão Lincoln ocorreu diante de uma série de contradições identificadas nas respostas do depoente, que foi advertido diversas vezes durante a sessão.
A soltura, no entanto, gerou incômodo entre integrantes da comissão. Nos bastidores, parlamentares afirmaram que a decisão de liberar o depoente poucas horas depois da prisão enfraquece o poder investigativo da CPMI. “É muito complicado a gente prender e, horas depois, o depoente ser solto. Gostaríamos que fôssemos levados a sério”, afirmou um dos membros do colegiado.
Outro integrante avaliou que a liberação rápida pode comprometer a credibilidade da comissão. “Quando prendemos, esperamos que isso seja mantido. Espero que isso não acabe em pizza, e se acabar não será nossa culpa. Estamos fazendo o nosso trabalho”, pontuou.
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