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| Foto: Senado |
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou, em discurso no Plenário nesta segunda-feira (8), que documentos e depoimentos obtidos pela CPMI do INSS mencionam o nome de Fábio Luís Lula da Silva, o “Lulinha”, em supostos negócios relacionados ao investigado Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”. As informações foram apresentadas pelo parlamentar como parte das investigações do colegiado.
Segundo Girão, os elementos reunidos pela comissão apontariam para uma possível sociedade entre os dois, além da criação de empresas no exterior com o objetivo de disputar contratos no Ministério da Saúde. O senador citou ainda documentos que, segundo ele, indicariam pagamentos a dirigentes partidários e vínculos entre o filho do presidente e investigados por lavagem de dinheiro.
Girão mencionou projetos como o da empresa World Cannabis, além de uma suposta Candango Consulting, registrada em Portugal, que, segundo o senador, teria Careca como responsável e Lulinha como sócio oculto. Ele afirmou que depoimentos colhidos pela CPMI mencionam repasses financeiros, incluindo valores atribuídos a dirigentes partidários. As informações foram atribuídas pelo parlamentar ao depoimento de Edson Claro, um dos investigados.
O senador também criticou o que chamou de falta de atenção da imprensa ao tema e afirmou que a base governista estaria atuando para impedir o avanço das investigações. Girão disse que a comissão não conseguiu acesso completo aos registros de voo de uma viagem a Portugal, em 2024, na qual Careca e Fábio Luís teriam viajado no mesmo avião. Ele afirmou ainda que pedidos de convocação e quebra de sigilos foram barrados pelos governistas.