Golpe de venda de carros alugados acende alerta em Natal


Vistoria veicular deve ser feita antes da efetivação do pagamento pela compra de veículos usados

Pelo menos quatro casos recentes em Natal apontam para a atuação de uma quadrilha especializada em alugar carros em locadoras, falsificar a documentação e vender os veículos como se fossem de propriedade de integrantes do próprio grupo criminoso. As vítimas só percebem a fraude ao tentar transferir o veículo ou quando a locadora identifica o não retorno do automóvel.

O período de fim de ano, quando muitas pessoas aproveitam o 13º salário para comprar ou trocar de carro, é considerado crítico para esse tipo de golpe. Por isso, especialistas e autoridades reforçam: nenhuma negociação deve ser concluída sem a vistoria veicular obrigatória, seja no Detran ou em uma Empresa Credenciada de Vistoria (ECV).

A vistoria é o único procedimento capaz de cruzar dados físicos e documentais do veículo diretamente com a base oficial do Detran, identificando adulterações, clonagem, inconsistências e restrições. Durante o processo são verificados itens como chassi, motor, gravações dos vidros, placas, pneus, luzes, odômetro, películas e a documentação completa do veículo. O sistema integrado detecta qualquer divergência e impede a emissão do laudo nesses casos.

A verificação documental é outro ponto crucial: documentos falsificados, contratos alterados ou CRLVs irregulares só são identificados quando confrontados com o banco de dados oficial. Por isso, comprar um carro sem vistoria representa um risco direto para o consumidor.

A vistoria veicular leva cerca de 20 minutos e o laudo é emitido no mesmo dia. Além de ser obrigatória em diversas situações, tornou-se uma ferramenta indispensável para garantir segurança jurídica e evitar prejuízos.

Em Natal, é possível encontrar Empresas Credenciadas de Vistoria nas quatro zonas da cidade, funcionando nos dois expedientes e aos sábados. Nas ECVs, não é necessário agendamento

"A recomendação é clara: só finalize a compra de um veículo usado depois da vistoria", alerta Pedro Costa, presidente da Associação das Empresas de Vistoria do RN (Assovis RN).

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