A Olimpíada Nacional GLOBE Brasil está movimentando o Rio Grande do Norte e reunindo estudantes de várias regiões do Brasil em uma grande imersão científica. As equipes estão percorrendo ecossistemas potiguares salineiras, manguezais, estuários, áreas costeiras e territórios do sertão e aplicando protocolos internacionais do Programa GLOBE, iniciativa global apoiada pela NASA que vem fortalecendo a ciência cidadã e o protagonismo juvenil na investigação ambiental.
Reunindo delegações de 11 estados e estudantes de diversas cidades do RN, a Olimpíada está sendo realizada pelo Programa GLOBE Brasil em parceria com a UFRN, Agência Espacial Brasileira, UFRN, SEEC/RN e FAPERN, com apoio do CNPq e da Mútua/RN. O movimento está estimulando jovens a observar seus territórios de maneira crítica, relacionando dados ambientais ao cotidiano e desenvolvendo soluções para os desafios reais das comunidades onde vivem.
Na tarde do último dia 1º de dezembro, o auditório do CTEC/UFRN a apresentação dos 29 projetos finalistas, que estão sintetizando meses de investigação, coletas em campo e análises ambientais produzidas pelos estudantes. Os trabalhos abordam temas como qualidade da água, mudanças climáticas, conservação de manguezais, dinâmica do solo, processos costeiros, impactos urbanos e biodiversidade, revelando a diversidade ambiental do país e a maturidade crescente das equipes.
Para a coordenadora da Olimpíada, professora da UFRN, Mariana Almeida, o processo está evidenciando o alcance transformador das Olimpíadas. “A ONGB está mostrando que a ciência nasce do chão onde cada estudante pisa. Quando eles observam, registram e interpretam seus próprios resultados, descobrem que a pesquisa não é um universo distante: é uma lente que transforma o olhar e fortalece a cidadania ambiental. Essa geração está entendendo que dados também contam histórias e que cada um deles tem poder de mudança”, afirma.
Os estudantes também estão relatando experiências marcantes, como disse um dos participantes: “Minha equipe pegou barco, avião e ônibus para chegar até aqui. Estamos vendo a ciência sendo usada na prática e percebemos que podemos fazer ciência, mesmo sendo jovens e estando em escola pública. Essa viagem mudou a forma como vemos nosso lugar no mundo”, declarou o aluno do Amapá Matias Araújo.
A premiação da Olimpíada Nacional GLOBE Brasil ocorre nesta terça-feira(2), reunindo as equipes finalistas e reconhecendo os destaques desta edição. Na tarde do mesmo dia, a 1ª Feira Nacional de Ciências GLOBE Brasil está sendo aberta ao público, na UERN, Zona Norte de Natal e segue até o dia 3 de dezembro, de forma presencial e, no dia 04, virtualmente, reunindo estudantes, professores, pesquisadores e instituições parceiras em oficinas, rodas de conversa, exposições e atividades formativas que estão fortalecendo a educação ambiental, a ciência cidadã e o protagonismo juvenil.
“ A parceria entre a UFRN, a Agência Espacial Brasileira e outros parceiros tem ampliado, com ações como as Olimpíadas e a Feira, a formação de professores e o engajamento dos estudantes em atividades investigativas, contribuindo para formar jovens mais conscientes, críticos e envolvidos com a proteção do meio ambiente.” Concluiu Aline Veloso, Coordenadora Nacional do Programa Globe no Brasil.
