O professor Rafael Chaves Souto Araújo, da Escola de Ciências e Tecnologia (ECT) da UFRN, foi apontado como um dos cientistas mais influentes do mundo em 2025. O levantamento é feito todos os anos pela Elsevier, uma das principais editoras científicas internacionais, e considera o impacto global das pesquisas com base nas citações registradas ao longo de 2024. Nesta edição, sete pesquisadores da UFRN aparecem na lista.
Rafael coordena o grupo Quantum Information and Quantum Matter, dedicado a estudos sobre informação quântica, computação quântica, teoria da causalidade e aplicações de aprendizado de máquina. A equipe investiga desde novos métodos de criptografia e processamento de dados até fundamentos da mecânica quântica e suas conexões com a inteligência artificial.
Dois trabalhos recentes ganharam destaque. Em parceria com a UFPE, o grupo demonstrou que algoritmos de aprendizado de máquina em dispositivos quânticos podem melhorar a análise de sinais de eletroencefalograma. Outro estudo, desenvolvido com a Universidade Sapienza de Roma, apresentou técnicas para criar e certificar estados altamente entrelaçados, essenciais para tecnologias quânticas mais avançadas.
Atualmente vice-diretor do Instituto Internacional de Física (IIF), Rafael afirma que o reconhecimento é resultado da força coletiva do grupo. Ele destaca que a rotina só funciona pela dedicação da equipe e pela colaboração constante com pesquisadores do Brasil e do exterior. “Nosso grupo é muito bem estruturado, os alunos e pesquisadores são dedicados e temos muitos colaboradores do mundo inteiro que adoram vir para Natal. É um ambiente diverso, acolhedor e produtivo, que acredito ser a chave do sucesso da pesquisa”, comenta.
Para ele, aparecer no ranking é um incentivo e também um agradecimento ao trabalho conjunto de estudantes e pesquisadores que integram o grupo.
Quem é Rafael Chaves
Rafael é graduado em Física pela UFMG, tem mestrado pelo CBPF e doutorado pela UFRJ. Passou por pós-doutorados na Espanha e na Alemanha, é bolsista do CNPq e do Instituto Serrapilheira e integra o Instituto Internacional de Física desde 2016. Tornou-se professor da ECT em 2018 e, desde 2023, é vice-diretor do IIF.