Governo quer restringir venda de motos

Após a Organização Mundial da Saúde apontar que o Brasil enfrenta uma epidemia de mortes envolvendo motociclistas, o Ministério da Saúde decidiu tomar uma primeira medida para tentar reduzir os óbitos. O ministro Alexandre Padilha enviará à bancada do PT na Câmara dos Deputados um projeto de lei que condiciona a venda de motos à apresentação da CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Na avaliação do ministro, a obrigatoriedade – hoje não é exigida CNH para compra de nenhum veículo – pode frear a violência, já que só comprará uma motocicleta aquele que tiver passado por um curso de formação e pelos exames dos órgãos de trânsito.

Padilha pediu estudos sobre o mercado de motos em todo o país e o avanço do número de mortes que, nos últimos dez anos, passou de 67,8 para cada 100 mil pessoas para 87,6.

Para o presidente da ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), Mauro Augusto Ribeiro, a iniciativa do governo é positiva, mas não é suficiente para reduzir os acidentes. Ribeiro avalia que, além da restrição, é preciso melhorar a formação dos condutores.

Além disso, ele destaca que sem um mecanismo eficiente de fiscalização a lei pode não ter efeito. Para a Abraciclo, entidade que representa os fabricantes de motos, é preciso um estudo detalhado antes de se adotar uma medida restritiva.

O presidente da Abraciclo, Moacyr Alberto Paes, diz que não há nenhum levantamento que comprove a relação entre a venda de motos sem a apresentação da CNH e os acidentes.

Com informações da Abramet

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