PRF alerta para aumento de acidentes no fim do ano

 

Com a chegada das férias, sobe o número de batidas nas rodovias federais. A comparação mais recente da PRF indica um aumento de 21,9% na quantidade de acidentes em dezembro de 2010 em relação ao resto daquele ano.

A PRF destaca as principais causas das tragédias no trânsito: ausência de atenção do motorista; falta de manutenção da distância de segurança entre um carro e outro; ultrapassagem em local proibido; desobediência às sinalizações e a ingestão de álcool. Segundo o engenheiro mecânico especialista em trânsito Rodrigo Kleinübing, os motivos para os acidentes envolvem outros fatores.

"Embora o governo diga que não está entre as principais razões, as estradas podem ser sim problemas. Temos rodovias estreitas, sinuosas, sem boa manutenção e fiscalização. Se associarmos isso a altas velocidades, o perigo aumenta", diz o especialista. Pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgada em outubro, indica que cerca de dois terços das rodovias pavimentadas são péssimas, ruins ou regulares.

Campanha
O crescimento dos acidentes de trânsito nessa época do ano foi tema de debate ontem no lançamento da campanha Parada-Rodovida 2012/2013, que terá ações conjuntas dos ministérios dos Transportes, Cidades e Saúde. A Rodovida atuará nos 100 pontos mais críticos com o objetivo de reduzir as mortes nas férias. As ações se focam em três frentes: blitzes com bafômetros, combate ao excesso de velocidade e fiscalização de motos. A operação começa sábado e segue até o carnaval.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pediu agilidade na aprovação do Projeto de Lei da Câmara 27/2012, que dá mais rigor à lei seca. Para Cardozo, a ação é fundamental e garante a aplicação das sanções previstas no texto para motoristas flagrados conduzindo sob efeito de álcool. Na última quarta-feira, a proposta foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e será apreciada em plenário na próxima semana. A matéria propõe o aumento da multa de R$ 957,65 para R$ 1.915,30 e, caso haja reincidência em um ano, a pessoa deverá pagar o dobro do valor anterior, além de ter suspenso o direito de dirigir por 12 meses.

 JULIA CHAIB