Quais são as capitais brasileiras onde o trabalhador leva mais tempo para chegar ao trabalho? Um estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) permite responder a esta pergunta. Os paulista são os que mais sofrem para chegar ao trabalho. O tempo é, em média, de 42,8 minutos. Em seguida aparece o Rio de janeiro, onde são necessários cerca de 42,6 minutos para completar o trajeto casa/trabalho.
Segundo o estudo, o tempo médio que os moradores das principais capitais brasileiras demoram no trajeto casa/trabalho é relativamente maior que o registrado em outros países. São Paulo e Rio ficam atrás somente de Xangai, onde são necessário 50 minutos para chegar ao trabalho. No mesmo ranking, Recife e Distrito Federal ficaram à frente de capitais como Nova York, Tóquio e Paris, com demora de 35 minutos em média para a população se deslocar de casa para o trabalho.
Cidade | Tempo de percurso casa/trabalho (em minutos) |
---|---|
São Paulo | 42,8 |
Rio de Janeiro | 42,6 |
Recife | 34,9 |
Distrito Federal | 34,8 |
Belo Horizonte | 34,4 |
Salvador | 33,9 |
Curitiba | 32,1 |
Belém | 31,5 |
Porto Alegre | 27,7 |
Fonte: Ipea |
Os dados apontam que tem havido piora nas condições de transporte urbano das principais áreas metropolitanas do país desde 1992, com um aumento nos tempos de viagem casa/trabalho. Esta piora nas condições de transporte parece estar relacionada a uma combinação de fatores, incluindo o crescimento populacional, a expansão da mancha urbana e o aumento das taxas de motorização e dos níveis de congestionamento.
O pesquisador Rafael Pereira, responsável pelo estudo, acredita que a grande quantidade de dados apresentados seja útil para que os governos possam pensar em formas de diminuir o tempo gasto pelos cidadãos no trânsito. Ele acredita, porém, que tais informações sejam apenas um ponto de partida. “Esperamos que esses dados sejam incorporados no debate sobre o tema nesses núcleos mais específicos. Eles seriam úteis para saber, por exemplo, se a as obras para a Copa do Mundo e a Olimpíada seriam eficazes na resolução do problema de mobilidade urbana”.
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