Ciclista usa bicicleta no Brasil é para trabalhar, essa é a verdade

Por: Roberta Soares

Ciclofaixa móvel de lazer é bom, é massa, mas é insuficiente. Precisamos de espaços permanentes para estimular as pessoas a usarem a bicicleta como transporte, não apenas para passear. E, principalmente, para proteger aqueles que utilizam as bikes para trabalhar. Uma pesquisa que traçou o perfil do ciclista no Brasil, realizada pela ONG Transporte Ativo, confirma essa afirmação. A pesquisa ouviu 5.012 ciclistas em dez capitais brasileiras (Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Niterói, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São
Paulo), entre os meses de agosto e setembro deste ano.

A pesquisa identificou que o principal uso da bicicleta é motivado, em primeiro lugar por trabalho (88,1%), seguido de lazer (76%), compras (59,2%) e estudo (30,5%). As maiores motivações para pedalar são a rapidez/praticidade (44,6%) e os benefícios para a saúde (25,9%). Já os maiores problemas enfrentados são a falta de educação no trânsito (34,6%) e a falta de infraestrutura cicloviária (26,6%). Em sua maioria, o ciclista brasileiro tem entre 25 e 34 anos, pedala cinco dias ou mais por semana, adota a bicicleta como modo de transporte há menos de cinco anos, faz integração com outro modo, tem renda entre um e dois salários mínimos e leva entre 10 e 30 minutos nos seus deslocamentos.



A pesquisa Perfil do Ciclista Brasileiro é uma iniciativa da Transporte Ativo com patrocínio do Itaú e equipe técnica do PROURB – UFRJ e Observatório das Metrópoles. As organizações parceiras foram Ciclourbano (Aracaju), BH em Ciclo (Belo Horizonte), Rodas da Paz (Brasília), Pedala Manaus, Mobilidade Niterói, Mobicidade (Porto Alegre), Ameciclo (Recife), Bike Anjo Salvador, Ciclocidade (São Paulo) e União dos Ciclistas do Brasil. Foram elas que abordaram os ciclistas nas ruas.

O percentual de entrevistados em relação à população foi o mesmo em todas as cidades. As entrevistas foram feitas com apenas em dias úteis, com pessoas que pedalam pelo menos uma vez por semana como meio de transporte, abordadas pedalando, empurrando ou estacionando a bicicleta. As abordagens foram distribuídas igualmente no tecido urbano pelas áreas centrais,intermediárias e periféricas das cidades. Estas áreas foram definidas pela organização da sociedade civil local envolvida.

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