Grafitagem imprime novo colorido na Escola M. Professora Palmira de Souza

Redação,Via Certa

Manoel Barbosa

Os muros da Escola Municipal Professora Palmira de Souza ganharam um colorido especial depois de uma ação de grafitagem realizada pelos alunos, e supervisionada pelos integrantes do projeto Mostra Sesc de Arte e Cultura, do Serviço Social do Comércio (Sesc) nos últimos dias. A unidade de ensino está localizada na zona Norte de Natal.

De acordo com a gestora pedagógica, professora Luciana de Souza Barbosa, o projeto impacta positivamente no cotidiano escolar. “Eles se reconhecem como autores e isso é muito importante, para que eles se enxerguem como produtores de cultura e percebam a sua própria capacidade criativa. Além disso, possibilitou também o conhecimento da história étnica do povo potiguar trabalhada em sala de aula”. Ela também destacou a importância do conhecimento das origens e construção de uma identidade própria.

Durante toda a semana que antecedeu a grafitagem, os alunos trabalharam a cultura popular e de rua para que, posteriormente, produzissem os desenhos que foram reproduzidos nos muros. Foram tematizadas questões indígenas, mulheres, comunidade LGBT e negros. Os alunos estabeleceram suas assinaturas de rua, popularmente conhecidas como tags e logo depois escolhem uma assinatura para ser usada em grupo e chamada de crew.

Emily Iasmin Lima da Silva, de 14 anos, é aluna do 7º ano do Ensino Fundamental e participou da ação. “Nós representamos a cultura potiguar nos desenhos, que na maioria das vezes se torna invisível, principalmente quando se trata dos índios e da cultura negra”.

A professora de Artes do Sesc, Consuelo Oleusnoc, foi uma das orientadoras dos estudantes na produção dos desenhos. Ela comenta a importância de praticar a arte e também de escolher temas de relevância para a sociedade. “Para você começar a praticar, antes é preciso ver a teoria. Começamos em sala, vendo a diferença das linguagens da rua, o stencil, o grafite, o pixo, o bomber para, a partir disso, irmos para a parede. Como a escola me passou que estava trabalhando a cultura popular, da natividade e da identidade, eu trabalhei isso com os alunos. Normalmente, nós trabalhamos a cultura popular de uma forma um pouco romantizada, o que acaba encobrindo a verdadeira cultura popular, que é a cultura de rua e do povo. É muito importante que isso seja abordado para que os alunos se reconheçam como parte da nossa cultura”.

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