O Tribunal de Contas da União (TCU) impôs um prazo de 15 dias para que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) forneça esclarecimentos sobre o processo de devolução dos valores retirados indevidamente de aposentados e pensionistas devido a um esquema de fraudes nas mensalidades. O ministro Bruno Dantas, responsável pela decisão, também solicitou que o órgão apresente um plano detalhado para investigar e responsabilizar os servidores públicos que possam estar envolvidos no desvio de recursos.
Em reunião recente, o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, garantiu que um plano de ressarcimento estará pronto até a próxima semana.
A forma de restituição será direta, com os valores sendo transferidos para as mesmas contas bancárias usadas pelos beneficiários para o recebimento de seus pagamentos regulares. O presidente do INSS esclareceu que métodos alternativos, como depósitos em outras contas ou pagamentos via Pix, estão descartados para evitar complicações e garantir maior controle do processo.
O governo ainda estuda as fontes de financiamento para o ressarcimento. A utilização de recursos de programas como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e emendas parlamentares foi mencionada como uma das opções viáveis. No entanto, uma das questões que ainda precisa ser resolvida é a quantidade exata de pessoas que foram impactadas pelo esquema fraudulento.
A Polícia Federal identificou que as fraudes causaram um desvio de R$ 6,3 bilhões, realizados por entidades que alegavam representar os beneficiários. Após a descoberta do esquema, o governo suspendeu os descontos irregulares e comprometeu-se a ressarcir todas as vítimas, com a promessa de que o reembolso seria feito ainda nos pagamentos de maio.
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