A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) anunciou que poderá suspender parte de suas atividades nos próximos meses devido ao bloqueio orçamentário imposto pelo Decreto nº 12.448/2025. A norma determina que apenas 61% do orçamento anual seja liberado até novembro, com repasses fracionados em 18 parcelas.
A instituição afirma que essa divisão inviabiliza o pagamento regular de despesas fixas, como bolsas, auxílios estudantis, contratos terceirizados e energia. Segundo a UFRN, após anos de cortes e ajustes, não há mais margem para reduzir gastos sem prejudicar a oferta acadêmica.
Assim como outras universidades federais, a UFRN teme paralisar serviços essenciais. No país, várias instituições já reduziram transporte interno, combustíveis e priorizam pagamentos conforme o nível de urgência.
Além disso, a universidade destaca que o orçamento para assistência estudantil e manutenção predial é insuficiente, afetando até investimentos básicos em tecnologia e acessibilidade.
O reitor José Daniel Diniz Melo, também presidente da Andifes, participa de negociações com o Ministério da Educação (MEC) e a equipe econômica, buscando garantir ao menos a liberação de 1/12 do orçamento e a reposição dos cortes feitos pelo Congresso.
O MEC reconheceu os efeitos negativos da redução de verbas entre 2016 e 2022 e informou que trabalha desde 2023 para recompor o orçamento das instituições federais.
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