Shein é acusada de violações trabalhistas em fábrica na China




A Shein, gigante global do comércio eletrônico de moda, está envolvida em polêmica após denúncias de violações trabalhistas em uma de suas fábricas na China. As acusações ganharam destaque em maio de 2025, quando organizações internacionais de direitos humanos divulgaram um relatório detalhando condições precárias de trabalho na unidade produtora.

Segundo o documento, obtido por veículos internacionais no início deste mês, os trabalhadores da fábrica enfrentam jornadas que ultrapassam 12 horas diárias, sem intervalos regulares ou pagamento adequado de horas extras, prática proibida pela legislação chinesa. Além disso, foram apontadas condições insalubres, falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) e a retenção ilegal de documentos pessoais, dificultando a saída dos funcionários.

As denúncias indicam ainda que, desde o final de 2024, aumentaram as pressões sobre a produção devido à alta demanda da Shein, agravando as condições já desfavoráveis para os trabalhadores.

Em resposta, a Shein divulgou uma nota no dia 15 de maio de 2025, afirmando que possui um código de conduta rigoroso para fornecedores e que iniciou uma auditoria interna para investigar as alegações. 

Organizações como a Business & Human Rights Resource Centre e a Clean Clothes Campaign acompanham o caso, alertando para a persistência de abusos na indústria da moda rápida — que movimenta bilhões anualmente e depende de cadeias produtivas complexas e muitas vezes opacas.

De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Global do Trabalho, 60% dos trabalhadores nas fábricas do setor na Ásia enfrentam jornadas excessivas e baixos salários. Especialistas apontam que a fiscalização nesses ambientes ainda é limitada, o que dificulta a aplicação das leis trabalhistas.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) declarou estar monitorando o caso e reforça a necessidade de políticas que garantam o respeito aos direitos fundamentais dos trabalhadores, principalmente em setores com histórico de exploração.

Até o momento, as autoridades chinesas não se pronunciaram oficialmente sobre as denúncias. A pressão da sociedade civil e dos consumidores sobre a Shein cresce, sobretudo em mercados como Estados Unidos, Europa e América Latina, onde a marca tem grande presença.

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