Pesquisas avançam no desenvolvimento de vacina contra múltiplos tipos de câncer



Cientistas ao redor do mundo estão cada vez mais próximos de desenvolver vacinas capazes de tratar diferentes tipos de câncer. Embora ainda não exista uma vacina universal, estudos recentes mostram que a tecnologia, especialmente a baseada em mRNA, já apresenta resultados promissores contra tumores como melanoma, câncer de pâncreas, de pele e até do sistema nervoso.

Atualmente, existem vacinas preventivas consolidadas, como as contra o HPV e a hepatite B, que ajudam a evitar cânceres relacionados a essas infecções, como o de colo do útero e o de fígado. Essas vacinas são amplamente recomendadas por órgãos de saúde como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos.

Agora, pesquisadores buscam tratamentos personalizados, que ativam o sistema imunológico do próprio paciente para atacar células cancerígenas. É o caso da vacina mRNA‑4157/V940, desenvolvida pelas farmacêuticas Moderna e Merck. Em estudos com pacientes que retiraram tumores de pele (melanoma), a vacina reduziu o risco de o câncer voltar. Os resultados são de uma pesquisa de fase 2b apresentada pela American Association for Cancer Research (AACR).

Outro exemplo é a autogene cevumeran, da BioNTech com a Genentech, testada em pacientes com câncer de pâncreas. Os resultados iniciais, publicados na revista Nature, mostraram que a vacina foi segura e gerou respostas imunes em mais da metade dos voluntários.

Além das vacinas personalizadas, cientistas também trabalham em versões "universais", que poderiam funcionar contra vários tipos de câncer ao mesmo tempo. Um grupo da Universidade da Flórida desenvolveu uma vacina com mRNA que, ao ser combinada com imunoterapia, fez tumores regredirem em animais de laboratório. O estudo foi publicado na revista Nature Biomedical Engineering e divulgado por veículos como The Sun.

Na Noruega, uma vacina chamada UV1, da empresa Ultimovacs, apresentou aumento na sobrevida de pacientes com mesotelioma, um tipo raro e agressivo de câncer, quando combinada com imunoterápicos. Os dados foram divulgados pelo Oslo Cancer Cluster e reforçam o potencial da vacina para ser usada em outros tipos de tumores.

Outra abordagem testada nos Estados Unidos envolve nanopartículas feitas a partir de células-tronco reprogramadas. A técnica, segundo estudos do Instituto Nacional de Saúde (NIH), protegeu contra múltiplos tipos de câncer em testes com animais, atacando estruturas presentes em diversos tumores.

Especialistas ouvidos por veículos como a Wired e The Guardian estimam que vacinas terapêuticas com mRNA possam começar a ser aprovadas para tipos específicos de câncer até 2025. Ainda assim, pesquisadores reforçam que nenhuma vacina universal está pronta para uso humano, e os estudos seguem em fases clínicas e experimentais.

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