A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta sexta-feira (18), mandado de busca e apreensão no escritório do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante a ação, os agentes encontraram um pendrive escondido no banheiro e uma petição da plataforma Rumble, atualmente banida de atuar no Brasil. O celular de Bolsonaro também foi apreendido.
A operação faz parte do inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, determinou uma série de medidas restritivas contra o ex-presidente, incluindo:
• Uso obrigatório de tornozeleira eletrônica;
• Recolhimento domiciliar à noite e nos fins de semana;
• Proibição de uso de redes sociais;
• Proibição de contato com diplomatas e aproximação de embaixadas;
• Proibição de comunicação com o filho Eduardo Bolsonaro.
Após a operação, Bolsonaro foi encaminhado à Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) para colocação da tornozeleira eletrônica.
Imprensa internacional repercute operação da PF contra Bolsonaro e destaca tornozeleira, apreensão de dinheiro e restrições
A operação da Polícia Federal realizada nesta sexta-feira (18) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro teve ampla repercussão em veículos da imprensa internacional. Entre os principais destaques estão a ordem judicial para uso de tornozeleira eletrônica, a apreensão de dinheiro em sua residência e restrições impostas a contatos com estrangeiros.
A agência Reuters noticiou as buscas na casa de Bolsonaro e em gabinetes ligados ao Partido Liberal (PL). Já a Bloomberg, agência especializada em notícias econômicas, deu ênfase à imposição da tornozeleira eletrônica, que também foi manchete no The Washington Post.
A Fox News, canal conservador dos Estados Unidos, publicou um "breaking news" na rede social X (antigo Twitter) sobre a operação, enquanto a CNN americana ressaltou a apreensão de valores em espécie e as limitações de contato internacional impostas ao ex-presidente.
No Oriente Médio, a Al Jazeera publicou a notícia com uma imagem de Bolsonaro em protesto e associou o episódio à recente retórica do ex-presidente norte-americano Donald Trump sobre a possibilidade de impor tarifas de 50% às importações do Brasil.
A agência Reuters noticiou as buscas na casa de Bolsonaro e em gabinetes ligados ao Partido Liberal (PL). Já a Bloomberg, agência especializada em notícias econômicas, deu ênfase à imposição da tornozeleira eletrônica, que também foi manchete no The Washington Post.
A Fox News, canal conservador dos Estados Unidos, publicou um "breaking news" na rede social X (antigo Twitter) sobre a operação, enquanto a CNN americana ressaltou a apreensão de valores em espécie e as limitações de contato internacional impostas ao ex-presidente.
No Oriente Médio, a Al Jazeera publicou a notícia com uma imagem de Bolsonaro em protesto e associou o episódio à recente retórica do ex-presidente norte-americano Donald Trump sobre a possibilidade de impor tarifas de 50% às importações do Brasil.
Alexandre de Moraes retira sigilo de decisão que embasou operação da PF contra Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo da decisão que fundamentou a operação da Polícia Federal deflagrada nesta sexta-feira (18) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação também atinge o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro.
De acordo com o despacho, o inquérito foi instaurado a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar possíveis crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação que envolva organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
As investigações apontam que Bolsonaro e seu filho atuaram nos últimos meses em articulações com autoridades dos Estados Unidos, com o objetivo de pressionar agentes públicos brasileiros. A Polícia Federal identificou tentativas de obter sanções contra integrantes das instituições do país.
Durante a operação, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do ex-presidente, no Jardim Botânico, em Brasília, e também na sede do Partido Liberal (PL), onde Bolsonaro costuma se reunir com aliados. Foi neste local que, em outra investigação, a corporação encontrou o documento apelidado de “minuta do golpe”.
As medidas impostas pelo STF incluem o uso de tornozeleira eletrônica, restrição de circulação noturna (entre 19h e 7h), proibição de uso das redes sociais e de contato com outros investigados, incluindo Eduardo Bolsonaro e representantes de missões diplomáticas estrangeiras.
A defesa do ex-presidente classificou as medidas como "severas" e afirmou que Bolsonaro sempre colaborou com a Justiça. Já o PL publicou nota na qual afirma ver “estranheza e repúdio” na ação da PF, classificando-a como desproporcional. O partido declarou apoio a Bolsonaro e reafirmou “confiança em seu compromisso com o Estado Democrático de Direito”.
*matéria em atualização 11h03*
.
“Moraes dobrou a aposta”, diz Eduardo Bolsonaro após ser proibido de falar com o pai
Após determinação do ministro Alexandre de Moraes que proíbe Jair Bolsonaro de manter contato com seus filhos investigados, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) classificou a medida como uma “aposta dobrada”. A reação veio após operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (18), que cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente e na sede do PL, em Brasília.
A decisão do STF também impôs o uso de tornozeleira eletrônica e o afastamento das redes sociais. Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado. A Procuradoria-Geral da República já apresentou as alegações finais e pede a condenação do ex-presidente por cinco crimes.
Eduardo relacionou a nova ofensiva à carta enviada por Donald Trump na véspera, na qual o ex-presidente dos EUA afirma que Bolsonaro é alvo de perseguição política. O ex-presidente respondeu com um vídeo, agradecendo o apoio.
Outro filho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), chamou a decisão de “covarde” e acusou Moraes de agir com “ódio”. Ele afirmou que proibir o contato entre pai e filhos simboliza o “ódio” do ministro e comparou a medida a uma “inquisição”, dizendo que “a capa do processo virou prova”. Ao final, exaltou a figura do pai: “Vai sair ainda maior e mais forte de tudo isso, pra liderar o resgate do nosso Brasil”.
*matéria em atualização 11h09*
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu com “surpresa e indignação” à determinação do ministro Alexandre de Moraes (STF) que o obriga a usar tornozeleira eletrônica, cumprir recolhimento domiciliar, proibir acesso a redes sociais e contatos diplomáticos. Embora não haja declarações textuais com a expressão “estou me sentindo humilhado”, o tom de afronta permeia o discurso dos advogados.
Aliados do PL qualificarão as medidas como “humilhantes” e destacam que ele é tratado “como bandido” sem qualquer condenação, apenas por "enfrentar o sistema".
*matéria em atualização 11h14*
Horas após a imposição da medida, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, se manifestou nas redes sociais. Em tom de protesto, ele classificou a decisão como uma "humilhação proposital" e afirmou que isso deixará “cicatrizes nas nossas almas”, mas servirá de “motivação” para continuar lutando “pelo nosso Brasil livre de déspotas”.
Flávio também criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, chamando a medida de “símbolo do ódio” e comparando o episódio a uma “inquisição”. Segundo ele, a decisão foi tomada de forma arbitrária, sem provas concretas, e justamente no início do recesso parlamentar.
O senador ainda destacou que a imposição da medida ocorreu no dia 18 de julho, data em que é celebrado o "Mandela Day", símbolo mundial de resistência e luta por liberdade.
Em outro trecho, Flávio reforçou sua confiança na inocência do pai, disse que “até os adversários sabem da sua honestidade” e declarou que ele está sendo “injustamente perseguido”. Finalizou citando um trecho bíblico: “Os humilhados serão exaltados” (Mateus 23:12).
*matéria em atualização 11h31*
Veja o momento em que Bolsonaro deixa a residência para colocar tornozeleira
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou sua casa, no Jardim Botânico, em Brasília, na manhã desta sexta-feira (18), após ser alvo de uma operação da Polícia Federal autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que Bolsonaro sai em comboio policial rumo à sede da PF, onde foi instalado o dispositivo de monitoramento eletrônico.
Além da tornozeleira, ele também deverá cumprir recolhimento domiciliar das 19h às 7h, está proibido de usar redes sociais e de manter contato com embaixadas ou representantes estrangeiros
*matéria em atualização 11h48*
Tags
AGORA