A FIFA avalia a possibilidade de transferir parte dos jogos da Copa do Mundo de 2026, originalmente previstos para os Estados Unidos, para o Canadá. A medida seria motivada pelas dificuldades enfrentadas para a emissão de vistos de entrada nos EUA, situação que se agravou devido às políticas migratórias adotadas durante o governo de Donald Trump.
A principal preocupação é o tempo de espera nos consulados norte-americanos, que pode ultrapassar 300 dias em alguns casos, afetando cidadãos de pelo menos 43 países, como Irã e Brasil. Isso ameaça a participação de torcedores, familiares de atletas, jornalistas e até membros das delegações e da própria FIFA, comprometendo a preparação do torneio.
O caso do brasileiro Hugo Calderano, que perdeu a chance de disputar um torneio de tênis de mesa por não obter o visto a tempo, aumentou o alerta.
Apesar das dificuldades, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, minimizou o problema publicamente. “Os Estados Unidos continuam sendo um país receptivo”, afirmou, garantindo que o planejamento segue conforme o cronograma. Nos bastidores, no entanto, cresce a pressão por mudanças.
O Canadá surge como alternativa viável. O país tem políticas migratórias mais flexíveis, boa infraestrutura e experiência na realização de grandes eventos, como os Jogos Olímpicos de Inverno de 2010.
O governo dos EUA já reconheceu o problema e prometeu acelerar os processos consulares, inclusive com o uso de inteligência artificial. Até o momento, não há decisão oficial sobre a possível realocação dos jogos.
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