Um medicamento chamado polilaminina, desenvolvido no Brasil, demonstrou capacidade de devolver movimentos a pacientes que ficaram paraplégicos ou tetraplégicos após acidentes ou quedas.
O fármaco foi criado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a partir de uma molécula retirada da placenta humana. Em parceria com o laboratório farmacêutico brasileiro Cristália, a universidade desenvolveu a substância experimental, que desde 2018 vem sendo testada em seis pacientes com lesões medulares completas, classificadas como nível A, quando há perda total da função motora e da sensibilidade.
De acordo com os pesquisadores, os efeitos da polilaminina são mais significativos quando o medicamento é aplicado em até 24 horas após o trauma. No entanto, também há benefícios em casos de lesões mais antigas. O tratamento requer apenas uma dose, seguida de fisioterapia para a reabilitação.
Ogari Pacheco, médico e fundador do Cristália, destacou o avanço e afirmou que o laboratório aguarda autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a fase 1 dos estudos clínicos, que deve envolver mais cinco pacientes para avaliar a segurança e a eficácia da substância.
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