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| Imagem:Adriano Machado |
O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) vem atraindo atenção global, com veículos internacionais acompanhando de perto cada voto e repercutindo a polarização política que envolve o caso. O julgamneto segue até a sexta (12).
O jornal britânico The Guardian destaca que o julgamento é “um dos processos mais significativos na história recente do Brasil” e alerta que uma condenação de Bolsonaro, que pode chegar a 43 anos de prisão, terá repercussões profundas para a democracia brasileira. Segundo a publicação, o caso evidencia a tensão entre instituições e grupos políticos radicalizados.
A agência Reuters e a Associated Press (AP) ressaltam a divergência do ministro Luiz Fux, que votou pela absolvição do ex-presidente, alegando falta de jurisdição do STF para julgar um ex-presidente sem mandato. A decisão gerou forte debate internacional, sendo vista como um movimento que pode alterar a estratégia de defesa de Bolsonaro e impactar o cenário político do país.
Para o jornal Al Jazeera e a CNN, as manifestações de apoiadores de Bolsonaro em várias cidades brasileiras, os protestos são interpretados como um reflexo da polarização política e um fator que pode influenciar a corrida eleitoral de 2026.
A cobertura internacional também observa as possíveis repercussões nas relações diplomáticas do Brasil, principalmente com os Estados Unidos. Declarações de apoio do ex-presidente Donald Trump a Bolsonaro e menções a retaliações comerciais chamaram atenção para o potencial impacto do julgamento no posicionamento do país no exterior, segundo a Reuters e o The New Yorker.
Especialistas internacionais citados pela imprensa afirmam que o desfecho do julgamento será um marco não apenas para o Brasil, mas também para a percepção global sobre a democracia brasileira, destacando debates sobre legalidade, poder político e estabilidade institucional.
Até o momento, o julgamento apresenta placar parcial de 2 a 1 a favor da condenação de Bolsonaro. O processo será retomado nesta quinta (11), a partir das 14h, com o voto da ministra Cármen Lúcia, que pode ser decisivo para o destino do ex-presidente, seguido pelo voto de Cristiano Zanin. O desfecho é esperado com atenção internacional, dado seu potencial impacto político e jurídico.