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De acordo com as os dados divulgados pela Sesap, o câncer continua sendo a segunda principal causa de óbitos no Rio Grande do Norte e representa um dos maiores desafios da saúde pública do estado. Entre 2020 e 2024, foram registrados 57.660 novos casos, segundo o Boletim Epidemiológico do Câncer 2025. Do total, 44% ocorreram em homens (25.102 casos) e 56% em mulheres (32.558 casos).
O levantamento aponta crescimento na incidência da doença. Entre os homens, a taxa passou de 250 casos por 100 mil habitantes em 2020 para 375 em 2024. Entre as mulheres, subiu de 301 para 449 por 100 mil. A Sesap atribui parte do aumento à retomada dos serviços de saúde após a pandemia de Covid-19, que impactou diagnósticos e registros de novos casos.
Entre os homens, os tipos mais comuns foram câncer de próstata e estômago, cada um com 14% dos registros, seguidos por tumores em tecidos conjuntivos e moles (9%), cólon e reto (7%) e pulmão (5%). Entre as mulheres, o câncer de mama lidera com 30% dos casos, à frente de colo do útero (7%), tecidos conjuntivos e moles (5%) e cólon e reto.
No mesmo período, o estado registrou 18.519 mortes por câncer, com 9.204 entre homens e 9.315 entre mulheres. O câncer de pulmão foi o que mais matou, com 12% dos óbitos, seguido por mama (8%), próstata (7%), cólon e reto (7%) e estômago (6%). A mortalidade aumenta significativamente a partir dos 60 anos, concentrando 72% das mortes.
O boletim também aponta que a Região Metropolitana apresentou as maiores taxas de incidência, chegando a 488 casos por 100 mil habitantes em 2024, crescimento de 52% em relação a 2020. Já o Alto Oeste concentrou as maiores taxas de mortalidade nos cinco anos analisados.
Para a Sesap cerca de um terço dos casos de câncer pode ser prevenido com mudanças no estilo de vida, como redução do tabagismo e consumo de álcool, alimentação saudável, prática regular de atividade física, rastreamento com exames como mamografia e colonoscopia, além de vacinação contra HPV e hepatite B.
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Saúde