Mulheres ocupam Prefeitura de Natal em protesto contra violência e falta de políticas públicas

Segundo a organização, este é o único ato previsto para o dia, mas o grupo mantém mobilização em todo o país - Foto: Adenilson Costa


Mais de 100 mulheres ocuparam, na manhã desta segunda-feira (25), a sede da Prefeitura de Natal, em um protesto pacífico, que marcou o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher. 

A manifestação, organizada pelo Movimento de Mulheres Olga Benário e apoiada por entidades como o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), Movimento Correnteza e União da Juventude e Rebelião, teve como objetivo cobrar ações do poder público para ampliar a proteção às mulheres e enfrentar o avanço da violência de gênero no país.

Mulheres cobram mais delegacias especializadas, abrigos, iluminação pública e creches - Foto: Adenilson Costa

As participantes entregaram na Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres de Natal, uma carta de reivindicações com demandas consideradas urgentes, como a criação de mais delegacias especializadas, abrigos, casas de referência, iluminação pública e a oferta de creches nos bairros periféricos.

Em entrevista ao Via Certa Natal, Clarice Oliveira, coordenadora do Movimento de Mulheres Olga Benário, explicou que a mobilização ocorreu, simultaneamente, em diversas cidades brasileiras.

“Hoje, 25 de novembro, é o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher, e nosso movimento realizou atos em todo o país para reivindicar mais segurança. No ano passado, foram mais de 1.400 feminicídios, e só nos primeiros seis meses de 2025 já são mais de 780. Isso significa cerca de 187 mulheres assassinadas por dia por serem mulheres”, afirmou.

Clarice relatou ainda que, apesar do caráter pacífico do protesto, as manifestantes foram alvo de intimidação.

“Nós ocupamos a Prefeitura exigindo que o poder público cumpra sua responsabilidade de proteger as mulheres trabalhadoras, principalmente, das periferias. A guarda municipal e a polícia tentaram fechar a porta, nos intimidaram e chegaram a jogar spray de pimenta na gente. Tinha crianças no ato. Não agredimos ninguém”, disse.

Após o impasse, representantes do grupo foram recebidas por integrantes da Secretaria Municipal da Mulher, que iniciaram uma rodada de diálogo para ouvir as reivindicações e analisar a carta entregue pelo movimento.

O ato, segundo as organizadoras, foi construído de forma coletiva entre os movimentos presentes. Não há previsão de novas manifestações ainda nesta segunda-feira.

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