Não é a primeira vez que adentro o terreno dos crimes de trânsito. Seus exemplos e causas são múltiplos, e o tema continua na pauta do dia. É de se lastimar sempre a existência de motoristas imprudentes que, quando em rodovias, praticam as conhecidas ultrapassagens perigosas e, assim, ceifam vidas e causam dor e indignação.
A matéria de capa da revista Veja desta semana e as constantes manchetes desta Folha a noticiar as estúpidas mortes no trânsito que, via de regra, ocorrem em nossa região me trouxeram o dramático tema novamente à baila.
Já que vivemos momentos em que tantos reivindicam melhor prestação de serviços públicos, melhor conduta dos governantes e severa aplicação de leis para diminuir a impunidade, faz-se necessário que reflitamos sobre nossas próprias atitudes e constatemos se também contribuímos para o engrandecimento do Brasil.
Nada melhor para averiguar nosso grau de responsabilidade do que quando estamos ao comando de veículos, dentre carros, motos, caminhonetes, ônibus, caminhões. Será que cumprimos as leis de trânsito nesse momento? Será que, ao nos sentarmos ao volante, procuramos ter o cuidado suficiente de diminuir ao máximo o risco à vida alheia?
São indagações importantes, em virtude da excessiva e dolorosa perda de vidas no trânsito que acontece no País. Vale, sem dúvida, ler a matéria de Veja e constatar os absurdos índices nacionais, que já superam até os crimes de homicídio.
Se é certo que temos estradas em péssimas condições, não menos correto é dizer que, na absoluta maioria dos casos, a culpa por acidentes fatais é dos próprios condutores. E, para agravar, muitas das mortes são causadas porque também aliam imprudências, negligências e imperícias à excessiva ingestão de álcool quando assumem seus veículos.
Pedro, na contramão de uma ultrapassagem, choca-se com o carro de Paulo e o torna vítima fatal. João, um sujeito que sempre trafegou por aquele trecho da MG 050, de repente se vê diante de um carro mais potente e desgovernado conduzido por motorista bêbado. Não houve tempo de escapar. João se vai, e o bêbado fica com escoriações sanáveis. Empresário alcoolizado sai de festa noturna pelas ruas em alta velocidade, não respeita o sinal de parada, nem a preferência alheia, e arrebenta um carro alheio que trafegava em sentido contrário, causando a morte de duas pessoas, enquanto sai incólume da tragédia.
As imagens são fortes e têm acontecido com frequência inaceitável. Infelizmente, não devem ser poucas as lembranças de muitos de vocês sobre casos dessa natureza.
No amplo universo da busca de soluções e discussões a respeito das barbaridades cometidas, não se pode esquecer a questão educacional. Por que não se fazer a experiência com a matéria “Educação no Trânsito” nos currículos escolares em épocas propícias, tamanha a força do automóvel na cultura atual? Ao menos, seria uma forma de tentar alertar e preparar inicialmente as novas gerações para um gravíssimo problema da Nação.
Importante, em todo caso, que a responsabilização dos criminosos ao volante seja a maior possível. O enquadramento dos faltosos em crimes de dolo eventual (aqueles em que se assume o risco de matar em razão da conduta praticada), quando os indícios de abuso forem notórios, deve superar aos de homicídio culposo, caso em que as punições são muito mais brandas. Afora outros rigores e sanções de cunho legal e administrativo.
A matéria de capa da revista Veja desta semana e as constantes manchetes desta Folha a noticiar as estúpidas mortes no trânsito que, via de regra, ocorrem em nossa região me trouxeram o dramático tema novamente à baila.
Já que vivemos momentos em que tantos reivindicam melhor prestação de serviços públicos, melhor conduta dos governantes e severa aplicação de leis para diminuir a impunidade, faz-se necessário que reflitamos sobre nossas próprias atitudes e constatemos se também contribuímos para o engrandecimento do Brasil.
Nada melhor para averiguar nosso grau de responsabilidade do que quando estamos ao comando de veículos, dentre carros, motos, caminhonetes, ônibus, caminhões. Será que cumprimos as leis de trânsito nesse momento? Será que, ao nos sentarmos ao volante, procuramos ter o cuidado suficiente de diminuir ao máximo o risco à vida alheia?
São indagações importantes, em virtude da excessiva e dolorosa perda de vidas no trânsito que acontece no País. Vale, sem dúvida, ler a matéria de Veja e constatar os absurdos índices nacionais, que já superam até os crimes de homicídio.
Se é certo que temos estradas em péssimas condições, não menos correto é dizer que, na absoluta maioria dos casos, a culpa por acidentes fatais é dos próprios condutores. E, para agravar, muitas das mortes são causadas porque também aliam imprudências, negligências e imperícias à excessiva ingestão de álcool quando assumem seus veículos.
Pedro, na contramão de uma ultrapassagem, choca-se com o carro de Paulo e o torna vítima fatal. João, um sujeito que sempre trafegou por aquele trecho da MG 050, de repente se vê diante de um carro mais potente e desgovernado conduzido por motorista bêbado. Não houve tempo de escapar. João se vai, e o bêbado fica com escoriações sanáveis. Empresário alcoolizado sai de festa noturna pelas ruas em alta velocidade, não respeita o sinal de parada, nem a preferência alheia, e arrebenta um carro alheio que trafegava em sentido contrário, causando a morte de duas pessoas, enquanto sai incólume da tragédia.
As imagens são fortes e têm acontecido com frequência inaceitável. Infelizmente, não devem ser poucas as lembranças de muitos de vocês sobre casos dessa natureza.
No amplo universo da busca de soluções e discussões a respeito das barbaridades cometidas, não se pode esquecer a questão educacional. Por que não se fazer a experiência com a matéria “Educação no Trânsito” nos currículos escolares em épocas propícias, tamanha a força do automóvel na cultura atual? Ao menos, seria uma forma de tentar alertar e preparar inicialmente as novas gerações para um gravíssimo problema da Nação.
Importante, em todo caso, que a responsabilização dos criminosos ao volante seja a maior possível. O enquadramento dos faltosos em crimes de dolo eventual (aqueles em que se assume o risco de matar em razão da conduta praticada), quando os indícios de abuso forem notórios, deve superar aos de homicídio culposo, caso em que as punições são muito mais brandas. Afora outros rigores e sanções de cunho legal e administrativo.
P.S. - Devo os parabéns ao escritor Sebastião Wenceslau Borges. Recebi há pouco seu Memoriando, edição especial de dez anos. Saiba, amigo Sebastião, que seu trabalho é de muito valor no registro de fatos sob a lente de que os vivenciou no dia a dia. São inúmeros casos e pessoas que fizeram a história de Passos ao longo de décadas. Nada mais legítimo. Afinal, somos feitos, sobretudo, de memórias, não?
P.S. Lado outro, fica o meu grande abraço alvinegro ao amigo e colega de página Paulo Natir pelo título da Libertadores. A euforia foi mais do que justa e esperada, hein, Paulo. Ufa! Acho que depois dessa vivo mais meio século. Arrisco dizer que não houve título mais épico do que o do Galo. Agora é tentar repor os pés na real, depois de tanta emoção. Não é fácil.
ALBERTO CALIXTO MATTAR FILHO ([email protected])
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