Todo mundo sabe que, pelo intenso volume de carros parados, passar perto de uma escola na hora de saída dos alunos não é uma boa ideia. Cansada de ficar presa nesse tipo de trânsito, a paulistana Emily Yamaoka desenvolveu o JaCheguei, um aplicativo que pretende facilitar a vida dos pais – e diminuir o caos nas ruas da cidade.
“Um dia fiquei completamente presa no trânsito por causa de uma escola. Era fila dupla, pai largando o carro, segurança gritando no microfone. E como eu sempre quis empreender, tive essa ideia e fui em frente”, diz Emily.
Para tirar o projeto do papel, a desenvolvedora de 38 anos optou por se associar ao colega José Kieling. “Tínhamos trabalhado juntos em outra empresa e sabia que ele era o cara certo para criar um produto comigo”, afirma.
Como os dois sabiam desenvolver aplicativos, Emily afirma que ambos acabaram assumindo toda a parte de criação do JaCheguei. “Nós dois estávamos afastados dessa área, mas fomos estudar para programar e cuidar de tudo.”
Depois de nove meses de trabalho, Emily e Kieling lançaram o aplicativo. Com o serviço, os pais conseguem avisar a escola com antecedência e de forma automática se estão chegando. Ao mesmo tempo, os responsáveis pela saída das crianças recebem essa informação em um sistema e aproveitam para agilizar o processo de liberação dos alunos.
Para que os familiares não precisem pegar o celular na mão, o JaCheguei emite dois tipos de alerta por conta própria: um quando o responsável está num raio próximo da escola e outro quando está na rua ou na quarteirão do colégio. Para enviar os avisos e alertas, eles precisam estar com o 3G e geolocalizador do celular ligados. “Com a modalidade automática, não é preciso mexer no celular dirigindo, o que evita acidentes e infrações”, diz Kieling.
Segurança
Além disso, o aplicativo oferece a opção de exibir nomes e fotos dos responsáveis e alunos. No sistema também é possível inserir dados do carro, como placa, cor e modelo do veículo em um painel de chegadas, que pode ser visto de um computador, tablet, smartphone ou monitor de TV. Diariamente, o sistema emite um relatório de entregas.
Para os pais se sentirem mais seguros, o aplicativo ainda oferece um “botão de pânico”. A alternativa serve para os responsáveis acionarem a escola sobre perigos nos arredores. “Os assaltos no trânsito acontecem com certa frequência e é possível avisar o colégio, para que as crianças não sejam liberadas”, afirma Kieling.
Finanças
O serviço, lançado em janeiro de 2015 e disponível nas versões iOS e Android, já está sendo testado por 20 escolas da cidade de São Paulo. As instituições interessadas devem pagar uma taxa de adesão inicial e um valor mensal de acordo com o número de alunos – até R$ 1,00 por estudante. Por enquanto, Emily afirma que apenas uma já está com contrato assinado.
A meta é chegar em fevereiro de 2016 com 50 clientes – em várias cidades da região Sudeste do país. “Estou 100% focada nesse projeto e temos um programa de planejamento com representantes comerciais para os próximos meses. Entendemos que esse também será um diferencial para as escolas”, afirma Emily.
Com informações da revista Pequenas Empresas Grandes Negócios
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