Segundo informações, o grupo consumiu peixe da espécie dourado. Horas depois, apresentaram sintomas intensos como náuseas, vômitos, diarreia e formigamentos — sinais típicos da síndrome causada por ciguatoxinas, substâncias produzidas por microalgas presentes em recifes tropicais. A toxina se acumula na cadeia alimentar marinha, atingindo peixes predadores, e não é eliminada por congelamento ou cozimento.
Equipes da Vigilância Sanitária de Natal e da Anvisa estiveram no restaurante para coletar amostras do pescado. A investigação busca identificar a origem do lote contaminado.
A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) confirmou que esse tipo de intoxicação tem ocorrido com mais frequência nos últimos anos, especialmente no litoral do Nordeste. Desde 2022, casos estão sendo monitorados em Pernambuco, no Rio Grande do Norte e em Fernando de Noronha, regiões onde o consumo de pescados é elevado, principalmente durante a Semana Santa.
A Ciguatera pode provocar complicações neurológicas, como alteração da sensibilidade térmica — quando o frio é percebido como quente — e distúrbios visuais. Em alguns pacientes, os sintomas persistem por semanas.
A Sesap reforça que a população deve evitar o consumo de partes como fígado, cabeça e ovas de peixes predadores de recife. Profissionais de saúde foram orientados a notificar imediatamente qualquer caso suspeito.
A investigação segue em andamento, e os médicos permanecem em observação.