O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) anunciou, nesta quarta-feira, 16 de julho, a remoção dos jacarés da lagoa de Maracajaú, em Maxaranguape. A decisão foi tomada após reunião com a prefeitura local e a Polícia Ambiental, diante do aumento expressivo da população de animais na área, que já ultrapassa 60 indivíduos da espécie papo-amarelo.
Os jacarés serão redistribuídos em três locais distintos: municípios de Touros e Ceará-Mirim, além do Rio Punaú, em Rio do Fogo. Um cronograma com os detalhes da operação será definido nos próximos dias, e a expectativa é de que a transferência ocorra no prazo de até duas semanas.
A proliferação acelerada é atribuída, em parte, à ação de moradores que continuam alimentando os animais, o que favorece sua permanência e reprodução. Ainda que os jacarés adultos sejam removidos, o surgimento de novos indivíduos é esperado, devido à presença de ovos já depositados na lagoa.
A lagoa, que se forma anualmente no período de chuvas, está situada a cerca de 500 metros de uma escola e próxima de áreas residenciais. Moradores relatam a presença recorrente dos jacarés nos últimos anos, mas nunca em número tão elevado quanto em 2024.
Em maio, os órgãos ambientais haviam optado por manter os animais no local, e uma cerca foi instalada pela prefeitura como medida de contenção. Diante do crescimento da população, no entanto, a estratégia foi revista.
A Prefeitura de Maxaranguape deverá continuar promovendo ações de conscientização com os moradores e criar uma comissão permanente para monitorar a situação da lagoa nos próximos anos.
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