O Ministério da Saúde começou na sexta-feira (12) a entrega de 321,4 mil canetas reutilizáveis para aplicação de insulina NPH e regular aos estados. Até outubro, o total chegará a 2,5 milhões de unidades, destinadas a pacientes com diabetes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
As canetas substituem os modelos descartáveis pré-preenchidos e têm validade de três anos após o primeiro uso. Segundo a pasta, a mudança tecnológica exige maior fornecimento de dispositivos e treinamento para uso correto.
Somente em 2024, foram distribuídas mais de 2,1 milhões de canetas. Neste ano, já foram enviadas mais de 62 milhões de unidades de insulina aos governos estaduais, com previsão de mais 7,6 milhões até dezembro.
Para reduzir a dependência externa e enfrentar a escassez global, o ministério investe na produção nacional. Em julho, foi distribuído o primeiro lote de 207 mil unidades de insulina humana NPH e regular produzidas no país, resultado de parceria entre a farmacêutica indiana Wockhardt, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) e a Biomm. O contrato prevê 8 milhões de unidades entre 2025 e 2026.
Outra parceria vai permitir a produção nacional da insulina glargina (análoga de ação prolongada), reunindo Bio-Manguinhos (Fiocruz), Biomm e a chinesa Gan & Lee, com previsão inicial de fabricar mais de 30 milhões de frascos.
O SUS oferece assistência integral às pessoas com diabetes, desde o diagnóstico até o fornecimento gratuito de insulinas humanas, análogas e medicamentos orais. Entre janeiro e maio de 2025, mais de 12,5 milhões de pacientes foram atendidos nas Unidades Básicas de Saúde.
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