O Ministério da Saúde vai realizar no sábado (8) uma mobilização nacional contra a dengue. A ação tem como objetivo conscientizar gestores públicos, profissionais da saúde e a população sobre a importância das medidas de prevenção para conter o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Segundo o ministério, a mobilização faz parte da campanha “Não Dê Chance para Dengue, Zika e Chikungunya”, lançada nesta segunda-feira (3). A pasta quer reforçar as ações de prevenção, orientar a população e ajudar os municípios a identificar áreas críticas para o controle do mosquito.
Em 2025, o país registrou até o momento 1.611.826 casos prováveis de dengue e 1.688 mortes. Apesar de os números representarem uma queda de 75% e 72% em relação ao mesmo período do ano passado, o cenário ainda é considerado preocupante. Historicamente, o período entre novembro e maio concentra o maior número de casos, por causa das chuvas e do calor, que favorecem a reprodução do mosquito.
Um levantamento realizado em agosto e setembro mostrou que cerca de 30% dos municípios brasileiros estão em estado de alerta para a dengue. A maior parte dos criadouros identificados por agentes de endemias está em residências. Mais de 80% das larvas encontradas estavam em locais como vasos e pratinhos de plantas, pneus, garrafas, caixas d’água, calhas, ralos e outros recipientes que acumulam água.
Os estados com mais casos prováveis são São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul. São Paulo lidera tanto no número de infecções, com 890 mil registros, quanto no de mortes, com 1.096, o equivalente a 64% do total nacional.
Para enfrentar a doença, o Ministério da Saúde está reforçando o atendimento na rede pública, com apoio da Força Nacional do SUS em cidades com alta incidência. Também estão sendo instalados centros de hidratação e distribuídos insumos, larvicidas, testes e nebulizadores portáteis para os municípios.
A principal aposta do governo para os próximos anos é a vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa WuXi Biologics. A expectativa é que a Anvisa conclua a análise e aprove o registro do imunizante até o fim de 2025, permitindo o início da aplicação em 2026. O plano prevê a produção de 40 milhões de doses no próximo ano, que serão incorporadas ao Programa Nacional de Imunização.
